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Condessa da Covilhã pôs à venda 1.400 vinhos do Porto com mais de 100 anos
A neta de um dos antigos proprietários dos Vinhos Borges, a condessa da Covilhã, decidiu vender 1.400 garrafas de vinho Porto com mais de um século, da sua coleção particular, a preços que vão dos 140 aos 320 euros.

A operação começou hoje com uma prova realizada na loja Wine o' Clock, de Matosinhos, e prossegue quarta-feira no espaço homónimo de Lisboa. Neste caso, o evento contará com a presença da própria condessa da Covilhã, Maria Manuela Borges Quental Calheiros.

Desconhecem-se com exatidão as datas em que estes vinhos do Porto foram feitos, informa a Wine o' Clock.

"Sabe-se que os últimos foram engarrafados em 1947, quando a família Borges regressou do Brasil,  onde esteve refugiada durante a segunda Grande Guerra".

Antes disso, "permaneceram anos a fio guardados em tonéis que os Borges possuíam em Vila Nova de Gaia" e faziam parte da "reserva da família", que antigos produtores de vinho do Porto produziam todos os anos.

O engarrafamento ocorria quando esses produtores precisavam deles e "cada empresa tinha a sua maneira de marcar os vinhos, que normalmente variava de uma para outra empresa, na maneira como marcavam os V, que significavam a 'antiguidade' dos mesmos".

Os vinhos do Porto que a condessa da Covilhã pôs à venda são "velhos" (um V), "muito velhos" (dois) e "velhíssimos" (3).

"São uma verdadeira preciosidade, que se distingue pelas suas caraterísticas notáveis e aroma incomparável", destaca também a Wine o' Clock, que os vai comercializar nas suas lojas.

A gestora de produto daquela loja, Ana Malheiro Dias, disse à agência Lua que estes estão "certificados pelo Instituto dos Vinhos do Douro e do Porto", mantendo intactas as suas qualidades e surpreendendo pela sua "juventude".

Os vinhos depois de certificados, foram arrolhados de novo, certificados com selo do IVDP e rotulados nas caves dos vinhos Borges e só depois foram retirados para o armazém da condessa da Covilhã, onde estão devidamente acondicionados.

"A condessa da Covilhã decidiu dar a provar e vender agora uma parte das garrafas que possui como forma de homenagem, numa época de crise, e promoção do que é nosso, no caso, a região do Douro e o seu produto de eleição, o vinho do Porto", explicou a empresa.

 

Fonte: Lusa / AYM // ARA.