O presidente da Lusovini, Casimiro Gomes, avançou hoje à agência Lusa que a empresa adquiriu na quarta-feira, "à massa insolvente, os ativos da antiga cooperativa agrícola de Nelas".
"Tomámos a opção de centralizar toda a logística nacional e internacional em Nelas, incluindo o engarrafamento dos vinhos das diferentes regiões", explicou.
A Lusovini - que iniciou a sua atividade há três anos, com sede em Coimbra - distribui vinhos de 14 produtores nacionais e tem produções próprias nas regiões do Alentejo, Bairrada, Tejo, Verdes, Douro e Estremadura.
"Para quem pensa global, como é o nosso caso, localizar todas as operações em Nelas não é nenhuma limitação ao desenvolvimento dos nossos projetos", sublinhou, considerando que, desta forma, a empresa está a contribuir para o desenvolvimento do interior do país e para a fixação de população qualificada.
Casimiro Gomes, que foi também um dos fundadores da Dão Sul (com sede em Carregal do Sal), lembrou que a Lusovini sempre encarou o Dão como sua "região natural", tendo nestes três anos já contribuído para o crescimento das vendas de vinhos de Denominação de Origem Controlada (DOC) Dão.
"Pretendemos continuar este desenvolvimento do projeto Dão, valorizando o potencial da região em termos vitivinícolas. Temos como objetivo estar entre os cinco maiores operadores de vinhos do Dão em termos de vendas, nos próximos cinco anos", adiantou.
Neste âmbito, as antigas instalações da adega de Nelas surgem como "a base de uma infraestrutura muito mais vasta a implementar".
A Lusovini vai recuperar o edifício da adega, de forma a adaptá-lo a novas funcionalidades, "dando mais visibilidade à área do enoturismo e do acolhimento ao cliente".
Segundo Casimiro Gomes, a empresa "tem planos de investimento para os próximos três anos de aproximadamente cinco milhões de euros", esperando no fim desse investimento contar com mais de cem trabalhadores.
"Nascemos na crise e só temos é de crescer. A nossa organização tem mais de 80% de quadros com formação académica superior. Apostamos fortemente no capital humano, naturalmente com uma estratégia de capitalização elevada, pois temos mais de 70% de autonomia financeira", referiu.
Casimiro Gomes sempre considerou que o vinho "não é um negócio para economistas", mas sim "uma atividade de longo prazo". Foi dentro desta lógica que ele e os restantes fundadores da Lusovini traçaram um rumo a dez anos.
"Ainda só passaram três e já estamos neste posicionamento porque olhamos mais à frente e não para o lucro imediato", frisou, explicando que foi definido que "todos os recursos gerados nesses dez anos seriam reinvestidos", numa "verdadeira maratona" para colocar marcas de vinho em todo mundo e dar-lhes visibilidade.
Este ano, a Lusovini conseguiu uma "viragem em termos de resultados". Assim, além de o ano operacional ter sido positivo, recuperou as perdas dos dois primeiros anos.
Casimiro Gomes lembrou que, quando foi apresentado, há três anos, o projeto da empresa "parecia absurdo", já que o setor "atravessava uma profunda crise e o mercado estava também em forte retração".
A estratégia passou pela exportação e, em especial, pela internacionalização, nomeadamente para Angola (Lusovini Angola), Moçambique (Mozamvini) e para o Brasil (Brasvini), neste último caso em parceria com a empresa Rui Costa e Sousa, de Tondela.
"Exportamos para 37 países e pensamos continuar este desenvolvimento internacional, mesmo que tenhamos de partilhar para crescer", frisou.
O próximo ano será de reforço da estratégia da Lusovini em Portugal, mesmo com as dificuldades da economia nacional.
"Como já temos 75% do nosso negócio no mercado externo, permite-nos fazer o trabalho de serviço ao cliente sem pensar unicamente na venda pela venda", acrescentou.
Fonte: Lusa / AMF // JLG.
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