José Vouillamoz, botânico e geneticista, iniciou as pesquisas para descobrir o berço da vitivinicultura há mais de uma década, em parceria com o arqueólogo biomolecular Patrick McGovern. A sua linha de pesquisa era descobrir, geneticamente falando, em que região as uvas selvagens e vitis viníferas tinham maior proximidade. Os pesquisadores acreditavam que o local em que esse fenómeno fosse visto em maior escala seria onde o homem começou a plantar uvas, pensando em produzir vinho. A região de Anatolia era uma das alternativas, junto com áreas onde hoje estão a Georgia, Armênia e Azerbaijão.
Depois de colher centenas amostras de variedades de uvas, Vouillamoz comparou pequenos trechos de DNA denominados microssatélites (sequências úteis para comparar genomas). Ele traçou perfis de DNA de acordo com as variedades e mediu a concentração de similaridades entre as uvas silvestres e as cultivadas. «A nossa hipótese era de que aquele era o lugar mais provável de ter acontecido a primeira domesticação da uva», revelou ele.
Combinando os seus campos de pesquisa, o pesquisador concluiu que as primeiras uvas cultivadas foram plantadas entre 6.000 e 8.000 a.C. E também descobriu que há algumas ligações surpreendentes. Por exemplo, a Syrah é ‘bisneta' da Pinot. «Esta foi uma notícia de última hora, porque todos pensam que a Pinot e a Syrah têm origens completamente diferentes. Eu digo que não! Elas pertencem à mesma árvore genealógica», explicou Vouillamoz. Outra surpresa: A uva Gouais Blanc, dita por alguns como produtora de vinhos menos refinados, tem mais de 80 descendentes em circulação, inclusive a Gamay, Chardonnay, Riesling e Furmint.
Fonte: http://www.mariajoaodealmeida.com/ / Elisabete Mendes
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