A empresa lusa, que se assume como uma distribuidora mundial de vinhos portugueses, teve em Angola 25% da sua facturação em 2012.
As vendas no país africano, revela ao SOL o presidente, Casimiro Gomes, cresceram 35% no ano passado. E este ano as perspectivas continuam positivas.
O segredo do sucesso, explica, é a logística no país, a par da qualidade dos vinhos, cujo preço é cada vez mais competitivo. «Genericamente, a qualidade dos vinhos dos nossos produtores é mais elevada e o preço tem vindo a descer», garante, explicando que em Angola os tintos lusos são os mais procurados.
A Lusovini nasceu em Novembro de 2009, depois de Casimiro vender a sua quota na Quinta de Cabriz ao empresário Joaquim Coimbra. Distribui vinhos de 14 produtores, em exclusivo, oferecendo-lhes em troca hipóteses de sinergias que ajudam a baixar os custos de produção e, logo, os preços finais. Em Portugal, a empresa, com sede em Nelas, tem um centro logístico onde os produtores podem utilizar uma linha de enchimento e uma central de compras, para a aquisição de toda a matéria-prima necessária à produção e colocação dos vinhos no mercado.
Logística eficiente
Em 2010, a distribuidora decidiu ir para Angola, via Agência Nacional do Investimento Privado (ANIP), tendo actualmente 25 colaboradores no país, dos quais apenas três são expatriados. Com sede em Luanda, onde tem um armazém, abriu entretanto uma subsidiária em Benguela, tendo ainda micro-armazéns em vários pontos do país. «Esta estrutura e a nossa frota permitem-nos entregar uma encomenda em 24 horas em Angola», assegura, defendendo que essa é «uma forte mais-valia» no mercado.
Nos pontos de venda a empresa coloca frequentemente colaboradores a aconselhar potenciais clientes e tem vindo a desenvolver acções de divulgação das suas marcas, que assim ganham notoriedade. Entretanto lançou a Academia Lusovini, com a qual espera divulgar não apenas os seus vinhos, mas as características deste produto.
Ásia na ‘mira'
Depois de Angola, a Lusovini virou-se para o Brasil, em 2011. O arranque da BrasVini fez-se em parceria com Rui Costa e Silva que, pela sua experiência de exportação de bacalhau, tem conhecimento deste mercado, que «é praticamente um continente». Um ano mais tarde foi a vez de Moçambique, através da MozamVini. Para Casimiro Gomes «trata-se de um projecto ainda pequeno, que vai acompanhando o desenvolvimento do mercado», que «tem merecido pouca atenção por parte dos produtores de vinho», apesar do seu potencial.
A Lusovini está nesta altura em 26 países, com destaque para Angola, Moçambique, Brasil, EUA, vários mercados da Europa Central e a China. O Oriente, afirma Casimiro Gomes, é uma aposta de futuro. «Na Ásia é onde temos que crescer mais», afirma, apontando Singapura ou a Coreia do Sul, além da China, como mercados que «podem constituir boas oportunidades».
Em 2012, o grupo facturou cerca de três milhões de euros, dos quais 25% em Portugal, 25% em Angola e o resto noutras geografias. E atingiu o break-even, algo que «estava previsto acontecer a cinco anos e não a três».
Dentro de um ano a Lusovini prevê iniciar em simultâneo em Luanda, Maputo e São Paulo a abertura de lojas próprias, para degustação, divulgação e venda de vinhos. «Daremos especial atenção ao vinho do Porto, que está muito pouco trabalhado, nomeadamente em Luanda», conclui Casimiro Gomes.
Fonte: Sol
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