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Dois mil vinhos portugueses para o mundo provar
Douro e Alentejo estiveram em maioria, mas também Lisboa concentrou uma boa representação

Londres, Nova Iorque, São Francisco e Helsínquia. A ViniPortugal andou esta semana numa roda-viva dando a conhecer os vinhos portugueses a distribuidores  imprensa e especialistas de mercados que são considerados como estratégicos para o crescimento das exportações.

Ao todo terão sido provados à volta de dois mil vinhos portugueses, representando cerca de 200 produtores nacionais de todas as regiões. É claro que Douro e também Lisboa concentrou uma boa representação.

A estratégia da ViniPortugal passa, no entanto, por evitar a diferenciação entre regiões, preferindo promover os vinhos portugueses debaixo de uma única denominação (Wines of Portugal), para assim salientar a diversidade de estilos e características e a riqueza que é dada pela ampla variedade de castas autóctones.

Além disso, "há marcas que abrangem várias das regiões produtoras", acentua o presidente da ViniPortugal, Jorge Monteiro.

Entre as iniciativas da semana, o destaque vai para o encontro de Londres, que na terça-feira juntou 130 produtores nacionais e mais de
meio milhar de profissionais e jornalistas da especialidade, naquela que é designada como a Grande Prova Anual de Vinhos Portugueses.

Não sendo embora dos que mais têm crescido, o mercado inglês tem uma grande importância estratégica.Trata-se de um mercado tradicional, cujas escolhas têm grande influência sobre o consumo em muitos outros países. Além disso, tem funcionado nos últimos anos como uma espécie de farol para a mudança de agulha a que lentamente se tem assistido entre a opção pelos vinhos do novo e do velho mundo.

Portugal perece estar a aproveitar a onda, já que o crescimento das exportações o coloca no topo entre os países tradicionais, face à quase estagnação das exportações no novo mundo.

Os números, fornecidos pela ViniPortugal, dizem respeito a Janeiro/Outubro de 2012 face ao período homólogo anterior e apontam para um crescimento de 12,4% para as exportações de vinhos portugueses, à frente da França (12%), Espanha (10,5%) e Itália (7,5%).

Quanto ao chamado novo mundo, a Austrália recuou (-3,6%), enquanto EUA (3%), Chile (5%) e Nova Zelândia (9%) apresentam uma evolução
bem mais moderada face aos períodos anteriores.

Mesmo com características muito diferentes do Reino Unido, também os EUA são um mercado estratégico que tem crescido de forma consistente. Se bem que as vendas não atinjam ainda os números de Inglaterra, o certo é que são já mais significativos em valor de negócio.

Um total de 37 produtores esteve também esta semana em Nova Iorque (na terça) e São Francisco (quinta) dando a provar os seus vinhos a mais de 180 importadores e distribuidores.

Uma delegação de 30 produtores nacionais esteve também na quinta feira em Helsínquia, numa iniciativa que envolveu provas específicas para jornalistas e profissionais do sector, para clubes e vinhos e ainda uma acção de formação sobre vinhos portugueses para meia centena de profissionais.

Ainda na Escandinávia, está prevista idêntica acção a realizar na capital da Suécia no dia 18 deste mês.

 


Fonte: Público / José Augusto Moreira