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China abre investigação antidumping sobre vinhos importados da UE
A decisão da Comissão Europeia de instaurar impostos temporários sobre os painéis solares chineses poderá comprometer as relações comerciais entre a China e a União Europeia, indicou hoje a agência oficial chinesa Xinhua.

A resposta da China não se fez esperar, e Pequim lançou uma investigação antidumping sobre o vinho europeu, informou o Ministério do Comércio.

"O Governo chinês iniciou uma investigação antidumping e antissubvenção sobre os vinhos provenientes da União Europeia", disse o porta-voz do Ministério do Comércio Shen Danyang, em comunicado.

A medida surge depois da Comissão Europeia, na terça-feira ter anunciado impostos temporários sobre os painéis solares chineses. E segundo o comissário europeu do comércio, o belga Karel de Gucht, os painéis estavam a ser vendidos 88% abixo do custo no mercado europeu e que o dumping estava a prejudicar a industria solar europeia.

A UE optou por medidas progressivas: a partir de quinta-feira, 06 de junho, será aplicada uma tarifa média de 11,8 % e dois meses depois, a 06 de agosto, passará a 47,6 %, caso a Comissão não chegue a acordo com Pequim.

De acordo com a agência noticiosa chinesa "o protecionismo da União Europeia envia uma mensagem errada à China e ao mundo. Mais do que procurar uma solução vantajosa para ambas as partes, a fim de resolver os seus problemas internos, a UE coloca a responsabilidade noutros".

Pequim "põe-se veeementemente" à medida imposta pela UE, afirmou Shen Danyang, em comunicado, descrevendo as tarifas como "impostos injustos contra os produtos fotovoltaicos chineses exportados para a Europa".

"O Governo chinês e a indústria mostraram grande sinceridade e fizeram um enorme esforço ao resolverem o assunto pela via do diálogo e consultas", afirmou.

Shem Danyang indicou ainda que a China espera que a Europa "demonstre maior sinceridade e flexibilidade para encontrar uma solução que seja aceitável por ambas as partes através de consultas".

A China é o segundo maior parceiro comercial da União Europeia, mas o movimento é referido como uma ampliação dramática das disputas entre ambas as partes, que já envolveram equipamentos de energia solar e de telecomunicações por parte de Bruxelas, e de produtos químicos e tubos sem soldagem por Pequim.

 

Fonte: Dinheiro Vivo