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China confirma investigação “antidumping” sobre vinhos europeus
O Ministério do Comércio chinês confirmou hoje que vai lançar uma investigação "antidumping", com um ano de duração, a vinhos importados da União Europeia (UE), numa altura em que decorrem disputas comerciais entre os dois blocos.

As investigações correspondem a uma petição da Associação Chinesa de Bebidas Alcoólicas emitida a 15 de maio, segundo um comunicado de imprensa publicado na página do próprio Ministério na internet.
 
O comunicado acrescenta que enquanto se espera pela informação, que será recolhida até ao final do ano, a investigação pode-se estender até 1 de janeiro de 2015 "em circunstâncias especiais", embora não especifique o dia em que se vai iniciar ou já se iniciou.
 
O embaixador da UE na China, Marcus Ederer, disse hoje em conferência de imprensa em Pequim que os produtos europeus "são muito populares na China, especialmente entre a população", e que "existem cada vez mais nos supermercados" do país asiático graças à sua "excelente qualidade".
 
Marcus Ederer mostrou-se confiante na resolução das disputas, sem querer dar mais detalhes sobre o curso das negociações.
 
A China já tinha manifestado a sua intenção de investigar o vinho importado da Europa, um dia após a UE ter anunciado a imposição de uma tarifa temporária de 11,8% das importações de painéis solares do gigante asiático.
 
A taxa poderá aumentar 47,6% a partir de 6 de agosto, caso não se alcance uma solução antes dessa data.
 
Durante a reunião anual da comissão económica e comercial conjunta da UE-China, celebrada em Pequim a 21 de junho, o comissário europeu do comércio, Karel de Gucht, e o seu homólogo chinês, Gao Hucheng, comprometeram-se a encontrar uma solução "amigável".
 
Apesar da vontade manifestada, as tensões continuaram e, na passada sexta-feira, a UE anunciou o início de uma investigação sobre possíveis práticas desleais no mercado chinês de pedra aglomerada utilizada em diversos produtos.



Fonte: Oje / Lusa