Início\ Informação \ Notícias
Joshua Green: o Douro emocionante
Portugal deve explorar a diversidade das suas castas e tirar partido do cariz único que estas variedades introduzem nos seus vinhos.

Quem o diz é Joshua Greene, um dos mais conceituados críticos norte-americanos, que esta semana esteve em Portugal a convite da ViniPortugal. Joshua Greene é um apaixonado pelos nossos vinhos e, embora assuma que não são fáceis de entender, frisa que essa é a sua grande vantagem. "Ninguém nos EUA conhece a trincadeira ou o avesso [castas autóctones] e isso é um valor imenso para os produtores portugueses, não há razão nenhuma para plantarem cabernet ou chardonnay. Devem, sim, educar os consumidores americanos sobre a sua diversidade, castas e regiões. Dá trabalho, claro que sim, mas isso permite-lhes criar o seu próprio mercado", afirma.

Há 30 anos que Joshua Greene visita Portugal com regularidade. Agora, a ViniPortugal desafiou-o a selecionar os 50 melhores vinhos  portugueses para os EUA, um mercado prioritário para o setor. Nos últimos três meses, Joshua passou uma semana por mês em Portugal a escolher os melhores dos melhores entre mais de 600 vinhos que provou. Uma tarefa árdua, que agora terminou e cujos resultados serão conhecidos numa gala em Nova Iorque a 24 de janeiro do próximo ano.

Responsável pela revista Wine & Spirits desde 1986, Joshua Greene é o segundo especialista norte-americano a quem coube esta difícil tarefa. O primeiro foi o master sommelier e o master of wine Doug Frost.

 O Dinheiro Vivo entrevistou Joshua Greene e quis saber em que é que a sua seleção irá ser diferente da de Frost. "Somos pessoas diferentes, temos gostos diferentes. Penso que quem conhece o meu gosto vai perceber muito bem a minha escolha. Penso que será um pouco mais tradicional do que a dele", afirmou.

 

Fonte: Dinheiro Vivo