Herranz interveio como porta-voz do Parlamento Europeu, numa reunião da Comissão de Agricultura sobre a proposta do Executivo comunitário em torno da reforma do regulamento comunitário sobre acções de promoção e informação relacionadas com as produções europeias.
A eurodeputada considerou inteligente por parte da Comissão Europeia (CE) a decisão de incluir o vinho na sua proposta e afirmou que «não se devia prescindir de um sector como este, que é uma marca chave das produções europeias, não apenas da União Europeia mas também do mercado comunitário».
No entanto, chamou a atenção sobre o facto de a proposta prever que o vinho tenha direito, unicamente, a participar nas campanhas de informação e promoção genéricas acompanhando outros produtos, o que, segundo a mesma, «significa que o sector seria o único produto europeu que não podia beneficiar desse regulamento de campanhas exclusivamente vitivinícolas em programas com participação de vários Estados-membros», assinalou a eurodeputada, que insistiu na necessidade de analisar esta questão com mais profundidade.
Em relação à adopção de campanhas de promoção e informação perante situações de crises agrícolas, Herranz destacou a importância dessas medidas para fazer frente a problemas como a vivida com a bactéria E-Coli. Contudo, não deixou de destacar a necessidade de melhorar a capacidade de reacção das autoridades comunitárias na hora de enfrentar casos semelhantes.
Na opinião da eurodeputada, «a grande novidade» desta proposta é o facto de permitir a promoção de marcas comerciais para todos os produtos cobertos pelas campanhas, assim como de origem dos mesmos, elementos que até o final não podem ser publicados de acordo com a norma em vigor. No caso concreto do vinho, esta permitia cobrir uma lacuna existente no mercado interno europeu, pois até agora não era autorizado mencionar marcas nas campanhas financiadas com fundos da União Europeia».
«A Indicação das marcas e de origem foi uma das principais reivindicações dos distintos sectores, pois a ausência destes elementos nas campanhas promocionais era um impedimento para fazer um máximo aproveitamento do esforço financeiro realizado tanto pelos fundos comunitários como os sectores em causa», explicou.
Esther Herranz esclareceu que «realçar o valor das marcas iria em benefício não apenas das empresas em causa mas também do colectivo de produtores, que tiravam proveito de nomes muito conhecidos pelo consumidor europeu e também de países terceiros».
Apesar de consciente de que as acções de promoção não solucionam, por si mesmas, as limitações impostas pela normativa da concorrência e a perda de mercado frente às produções de países terceiros, como os Estados Unidos, o Canadá e o bloco do Mersocul.
Por esta razão, insistiu que a promoção das produções europeias é crucial neste contexto, como informar devidamente o consumidor europeu das características próprias das produções europeias, «como um meio de diferenciação das produções de outros países».
A eurodeputada diz «acreditar que é fundamental para melhorar a competitividade das produções europeias, dar a conhecer os esforços realizados pelos profissionais na melhoria da qualidade, segurança alimentar e protecção do ambiente», concluiu.
Fonte: Confagri / Agrodigital
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