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Adega do Fundão quer vender quase dois milhões de litros
Cooperativa continuará a apostar na internacionalização, conquistando novos clientes no mercado nacional e no estrangeiro

O AUMENTO das exportações é a grande meta que a Adega Cooperativa do Fundão tem traçada para o novo ano. Esse objetivo representa, aliás, a grande prioridade dos documentos de gestão e planeamento elaborados para 2014, e que foram discutidos e aprovados (registou-se apenas uma abstenção) em assembleia geral de sócios, realizada no sábado. "Pretendemos reforçar as exportações que são fundamentais para o desenvolvimento da própria cooperativa", disse ao JF o presidente da direção, Albertino Nunes, sublinhando que o Plano e Orçamento contemplam esse rumo iniciado há já alguns anos.

Os planos da Adega para 2014 apontam para um volume de vendas da ordem de um milhão e 400 mil euros e que, a concretizarem-se, corresponderão a um milhão e 700 mil litros de vinho de várias marcas, incluindo vinho a granel. É esse, aliás, o dado mais relevante do Orçamento para o próximo ano e que consubstancia esse objetivo da cooperativa para reforçar a presença dos seus vinhos no mercado nacional e no estrangeiro, alargando dessa forma a carteira de clientes. A Adega Cooperativa do Fundão já exporta vinho para vários países da Europa e para alguns de África, andando há alguns anos a tentar entrar no mercado chinês. Entre os investimentos programados para mais um ano de atividade está a aquisição de um "filtro tangencial", orçado em cerca 59 mil euros.

Aquele organismo cooperativo tem cerca de mil associados, a maioria dos quais com mais de 65 anos e que estão a sentir na pele as recentes imposições fiscais que obrigam os pequenos agricultores a registarem-se nas Finanças para efeito de pagamento de IVA.

O presidente da direção está preocupado com os efeitos dessa medida e adverte que muitos pequenos produtores poderão abandonar a atividade. "Nos últimos dez anos, cerca de 300 pequenos produtores de vindo deixaram de produzir e com estas alterações ainda serão mais a abandonar a atividade", avisa Albertino Nunes, juntando a sua voz à das organizações da lavoura que têm protestado contra as novas regras.

 

Fonte: Jornal do Fundão