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Cartaxo reforça apoio ao setor vitiviníco​la
No passado dia 21 de fevereiro, o presidente da Câmara Municipal do Cartaxo iniciou um conjunto de visitas que pretende fazer às casas agrícolas do concelho, que dedicam a sua atividade à vitivinicultura.

Na primeira destas visitas, o autarca que foi recebido pela enóloga Maria Vicente, da Sociedade Agrícola Casal do Conde, em Porto de Muge, explicou que "tenho a convicção que os eleitos políticos têm uma necessidade enorme de ouvir as pessoas, de conhecerem os lugares onde trabalham, de se depararem com as dificuldades que enfrentam e de perceberem que motivações e expectativas as movem. A potencialidade de cada setor de atividade está nas pessoas, os eleitos não podem viver fechados nos gabinetes, por mais meritório que o seu trabalho seja, ou correm o risco de tomar decisões que nada têm a ver com o mundo real".

Para além desta vontade de conhecer e estar em "permanente contacto com a realidade do concelho", Pedro Magalhães Ribeiro afirmou que "a autarquia tem de refazer laços com os agentes económicos que trabalham o vinho, em especial, com aqueles que o produzem", referindo que "o vinho e a vinha terão sempre um papel central na criação de um projeto de desenvolvimento turístico e económico para o Cartaxo, quer seja nas atividades a curto prazo que queremos desenvolver, quer seja numa política de longo prazo".

Nesta visita à Sociedade Agrícola Casal do Conde, o autarca ficou a conhecer os projetos desenvolvidos nos últimos anos, assim como o trabalho que ali se desenvolve para garantir a sustentabilidade da marca no futuro. A qualidade, aliada a um esforço de internacionalização que garanta novos mercados, são os traços distintivos da casa agrícola, cuja atividade se iniciou no princípio do séc. XX e tem hoje presença em mercados como o Brasil e Angola, a par de outros países europeus. Do trabalho desenvolvido para garantir a qualidade dos vinhos produzidos, são prova a obtenção de inúmeros prémios em concursos nacionais e internacionais.

Nesta visita, o presidente da Câmara deixou também nota do empenho pessoal que vai colocar na organização da Festa do Vinho, à qual "gostaria muito de ver regressar as nossas casas produtoras, de modo a que a qualidade que o certame já teve possa voltar a ser uma realidade", reconhecendo que "a Câmara tratou mal os produtores, a Festa deixou de ser um lugar de negócio e os nossos agentes económicos afastaram-se dela", o autarca diz-se "empenhado pessoalmente em conquistar a sua confiança".

Sociedade Agrícola Casal do Conde tem a sua origem no início do séc. XX em Vila Chã de Ourique

Com raiz familiar, esta Sociedade fundada pelo vinicultor Manuel Henriques, foi sempre caracterizada por um crescimento dinâmico que lhe permitiu chegar ao início do século XXI como uma das maiores produtoras vinícolas do Ribatejo.

A sua estratégia de aquisição de algumas das melhores quintas e vinhas da região como a Quinta d' Arrancosa e as vinhas da Correchana, foram acrescentando capacidade produtiva, e permitiram seguir uma filosofia de produção de vinhos de qualidade, devidamente reconhecidos com a atribuição de inúmeros prémios em concursos nacionais e internacionais.

Em 2009, a Sociedade Agrícola Casal do Conde foi adquirida por um grupo de investidores de capitais luso-angolanos que veio modernizar os seus processos de gestão, a sua estratégia de marketing e o seu posicionamento comercial, dotando-a de uma forte capacidade de investimento. Esta nova realidade veio acelerar o processo continuado de evolução da sua estrutura produtiva, e encarar o futuro numa perspetiva de expansão da sua oferta e a presença da marca em novos mercados.

Atualmente, a Sociedade Agrícola Casal do Conde dispõem de 160 ha das melhores terras do Vale do Tejo, das quais 75 ha estão afetos à vinha. Estas foram reestruturadas nos últimos anos, juntando, em talhões separados, castas tradicionais portuguesas às castas nobres internacionais, selecionadas pelo seu potencial nas características intrínsecas do terroir.

A sua adega localizada junto à povoação de Porto de Muge, tem acompanhado a evolução tecnológica do sector, apostando nos mais avançados processos de vinificação e engarrafamento, espelhando a tradição vinícola da empresa, num contexto de modernidade e confiança no futuro da região vinícola do Tejo como uma referência na produção de vinhos de qualidade em Portugal.

 

Fonte: LOCAL.PT