A uva mais cara de Portugal é certamente a de Colares, que rondará os €2,50 o quilo. Estamos a falar, claro, de minúsculas quantidades, até porque Colares é a região mais pequena do país. De resto, em maiores quantidades, a uva mais cara deverá continuar a ser a de Alvarinho da sub-região de Monção e Melgaço (dos Vinhos Verdes). A Revista de Vinhos soube de fonte segura que, em média, rondará o euro, euro e vinte. Em casos muitos especiais, contudo, poderá atingir o dobro, ou seja dois euros o quilo. O que se paga um pouco por todo o mundo vínico não é muito diferente. O cúmulo costuma ser a região de Champanhe, onde a média oscila entre os 5,50 e os 6,50 o quilo! Porquê? Por uma razão simples: a região francesa vende quase tudo o que produz e a preços muito altos. De tal maneira que, como é uma região delimitada e as videiras têm um limite de produção, começa a escassear a matéria-prima. O resto é ditado pelas leis básicas da economia e os viticultores de Champanhe serão os mais ricos viticultores do mundo.
Pois bem, há uva muito mais cara que esta (embora não em média, note-se). Na Califórnia um quilo de Syrah custa cerca de 2,25 euros. Mas, em vinhas especiais, e em particular na casta Cabernet Sauvignon, o quilo de uva pode superar os 13 euros! Este é um preço perfeitamente estratosférico e só possível porque os vinhos (em quantidades limitadas, claro) chegam depois aos consumidores a preços bem acima dos 100 dólares a garrafa (72,50 euros). Não espanta por isso que existam vários viticultores com uvas de alta qualidade que não produzem vinho com elas. Vender uva a estes preços (e mesmo a preços mais baixos) é altamente compensador e dispensa a construção de adegas, a contratação de enólogos e a criação de marcas e de circuitos de comercialização.
Não deixa de nos espantar, por isso, que o quilo de uvas de boas vinhas velhas no Douro - muito pouco produtivas - dificilmente passe dos 70 cêntimos o quilo! Um enólogo com quem falámos disse-nos que este preço dificilmente compensa os reais custos de produzir esta uva. Ainda assim, não nos surpreenderia nada que este panorama se alterasse nos próximos anos e que estas uvas de excelência viessem a valer mais dinheiro do que as uvas destinadas ao Vinho do Porto (com o "benefício" agarrado). Querem apostar?
Fonte: Revista de Vinhos
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