O enófilo e crítico de vinhos Carlos Ernesto Cabral de Mello será o embaixador da cortiça no Brasil, na iniciativa InterCork, que prevê a realização de vários seminários de promoção internacional daquela matéria-prima, em cuja produção Portugal é o maior produtor do mundo. No âmbito dessa parceria, o especialista brasileiro esteve uma semana em Portugal para conhecer melhor como é extraída e processada a cortiça.

"Carlos Cabral visitou durante uma semana Portugal e o sector da cortiça. O crítico de vinhos visitou o montado e a indústria da cortiça, de modo a poder vivenciar a história da fileira, assim como recolher informação mais técnica sobre as rolhas de cortiça e os outros sub-sectores", informou em comunicado a Apcor - Associação Portuguesa da Cortiça, que tem mais de 270 associados.

O enófilo brasileiro será o porta-voz da cortiça em vários seminários a desenvolver no país, assim como noutros eventos de promoção da rolha de cortiça naquele mercado.

Carlos Cabral deu conta da sua visita a Portugal nas redes sociais, onde conta com cerca de quatro mil seguidores. "Simplesmente fantástico o mundo da cortiça! Do respeito total à natureza até à mesa do consumidor final, este material tem uma força activa e forte colaboração na preservação das qualidades de um vinho. Do montado à mesa, uma viagem onde todo o cuidado é perseguido e praticado, a cortiça é trabalhada de forma ecologicamente correta além de ser cem por cento aproveitada. Agora é só passar a todos as maravilhas que vi com o objectivo de informar e instruir sobre a importância desta dádiva da natureza", comentou o enófilo brasileiro.

Carlos Cabral estuda o mundo dos vinhos desde 1969, ano em que recebeu das mãos de seu futuro sogro, Heinz Godau, uma garrafa de Porto Dom José. Em 1980, fundou a Sociedade Brasileira dos Amigos do Vinho (Sbav) e, actualmente, é consultor de vinhos do Grupo Pão de Açúcar.

A campanha da Apcor com Carlos Cabral está inserida num projecto global de promoção da cortiça em nove mercados, que está orçado em 7,3 milhões de euros - financiados em 80% pelo programa Compete (Programa Operacional Temático Factores de Competitividade) e 20% pelos associados da Apcor.

Fonte: Portugal Digital