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Favaios expande-se além da comunidade portuguesa
Adega de Favaios prevê vender 12,5 milhões de euros de vinho moscatel, branco, tinto e espumantes durante este ano. Grupo aposta também nos mercados menos tradicionais.

Onde há um português, há um moscatel de Favaios. Foi assim que começou a exportação da Adega Cooperativa de Favaios, de uma forma espontânea e pouco planeada junto das comunidades portuguesas espalhadas pelo mundo. No entanto, nos últimos três anos, a Adega mudou de postura. "Agora a preocupação de exportação é mais organizada e rigorosa", explica Gina Francisco, directora comercial da Adega Cooperativa de Favaios, em entrevista ao programa Grandes Negócios do Etv.

Nesta altura, os principais destinos da Adega do Douro são os tradicionais mercados europeus de vinho moscatel (Suíça, Bélgica, Alemanha, Luxemburgo e França), que sempre consumiram muitos produtos da Adega de Favaios, mas a empresa está também focada em conquistar novos mercados, menos tradicionais no consumo de vinhos licorosos, como o Brasil, Angola, Estados Unidos, Canadá e China, onde as vendas estão a crescer.

De um total de 11 milhões de euros de facturação em 2013, cerca de dois milhões foram alcançados com vendas fora de Portugal. A contribuir para esta estratégia de internacionalização está também o lançamento há um ano de um espumante de vinho moscatel. Na altura do lançamento, a estratégia comercial da Adega de Favaios foi "desenvolver um plano de ‘marketing' junto das pessoas, para que pudessem provar o mais depressa possível e depois a aceitação foi muito boa em termos de vendas. Temos uma marca muito forte e muito conhecida, associada a produtos de qualidade, o que torna mais fácil o lançamento de um produto novo", admite Gina Francisco.

O crescimento da Adega de Favaios faz já a direcção da cooperativa pensar numa nova expansão. As instalações da Adega foram ampliadas e modernizadas em 2004, mas "daqui a dois ou três anos vamos ter de começar a ponderar novamente uma evolução e um crescimento na Adega", refere a mesma responsável.

Durante a crise económica, a Adega aproveitou para tornar as marcas e os rótulos mais modernos e mis agressivos comercialmente, sem mexer no preço. Além de vinho moscatel, as vendas de vinhos tintos e brancos também cresceram. Para Gina Francisco, "a crise alterou os hábitos de consumo, mas "nenhum de nós deixa de comprar, compramos é de forma diferente. Não foi preciso mexer no preço dos produtos. A estratégia passou por mexer na imagem, na qualidade e na forma de estar no mercado", garante a directora comercial.

Para este ano, o objectivo de vendas é atingir os 12,5 milhões de euros, com um crescimento sustentado nos mercados externo e interno.

 

Fonte: Económico