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Exportações de vinhos do Douro para o Brasil caem 9% no primeiro semestre
O valor exportado até junho pelos produtores portugueses desceu face ao ano passado, pressionado não só por um menor volume de vendas mas também por menores preços por litro, segundo os dados do IVDP.

O Brasil continua a ser um dos maiores compradores mundiais de vinhos portugueses da região do Douro, mas este ano as vendas dos produtores lusos estão a ser mais baixas do que no ano passado, de acordo com os números do Instituto dos Vinhos do Douro e do Porto (IVDP), relativos ao primeiro semestre.

Até junho as exportações de vinhos da região do Douro para o Brasil somaram 1,6 milhões de euros, menos 9% do que no primeiro semestre de 2013. Em volume, as vendas desceram 5,1%. Já em termos de preço por lito, o valor recuou 4,1% face ao ano passado.

Apesar desta descida, o Brasil é ainda o sexto maior destino de exportação dos vinhos do Douro, apenas atrás do Canadá, Angola, Estados Unidos da América, Suíça e Alemanha. Em todos estes mercados as vendas de vinhos do Douro cresceram no primeiro semestre.

No caso do Brasil, a maior parte da procura concentra-se nos vinhos tintos (com 89%). Os brancos respondem por apenas 10,6% das importações brasileiras de vinhos do Douro até junho. E os vinhos rosé têm uma expressão residual, inferior a 0,5%.

O comportamento negativo das exportações de vinhos durienses para o Brasil contrasta com uma tendência geral positiva para os produtores portugueses, cujas vendas globais no primeiro semestre subiram 10,8%, para 47 milhões de euros.

Em Portugal as vendas de vinhos do Douro apresentaram até junho um crescimento de 6,2% em termos homólogos, para 26,4 milhões de euros. No que respeita às vendas para o exterior os maiores aumentos face ao ano passado foram registados em Angola (quase 66%), Dinamarca (55%) e Luxemburgo (52%), havendo ainda crescimentos superiores a 30% no Reino Unido, na Suíça e nos Estados Unidos.

"O crescimento da exportação dos vinhos Douro tem vindo a ser contínuo e sustentado, o que reflecte uma maior expressão e notoriedade dos vinhos tranquilos [sem gás] no panorama internacional. O mundo está cada vez mais atento e sabe que a Região Demarcada do Douro, para além do vinho do Porto, produz vinhos tranquilos cada vez mais reconhecidos pela sua qualidade", conclui o presidente do IVDP, Manuel de Novaes Cabral.

 

Fonte: Portugal Digital