Tirando o histórico caso do Vinho do Porto, não há região em Portugal em que as exportações tenham crescido tanto nos últimos anos como na dos vinhos verdes. Já se vende para o estrangeiro mais de metade da produção, ou seja, 60 milhões de garrafas de vinho.
"O vinho verde está a atravessar um excelente momento. Tem crescido no mercado interno e tem conseguido afirmar-se no mercado externo, algo que há duas ou três décadas era impensável", explica ao Correio da Manhã o produtor e enólogo Anselmo Mendes.
Referência incontornável da enologia portuguesa, Anselmo Mendes (consultor técnico de mais de três dezenas de produtores, do Minho ao Algarve) diz que os verdes, sobretudo os brancos, têm ainda uma grande margem de progressão e poderão continuar a crescer, tanto em quantidade como em qualidade.
"O Alvarinho dispensa apresentações e é um vinho que dá cartas em qualquer mercado, mas nos verdes brancos há outras duas castas a ter em conta: o Loureiro, que é único nos aromas e no sabor, e o Avesso, que será a próxima grande estrela dos vinhos verdes."
Defensor dos territórios como elementos cruciais para a especificidade dos vinhos, o enólogo considera que "as castas podem viajar por todo o Mundo, mas em parte alguma o Alvarinho será como o de Monção e Melgaço, o Loureiro como no Vale do Lima ou o Avesso como o das encostas de Baião e Resende".
"As castas são iguais em todo o lado, mas a terra e o clima são peculiaridades que as regiões têm de defender e promover", afirma Anselmo Mendes, conhecido como o ‘Senhor Alvarinho'.
Fonte; Correio da Manhã
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