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Empresas identificaram 1200 barreiras nas exportações para os EUA
Nona ronda negocial da Parceria Transatlântica para o Comércio e o Investimento arrancou nesta segunda-feira em Nova Iorque.

As Pequenas e Médias Empresas (PME) da União Europeia identificaram 1200 barreiras no comércio com os Estados Unidos que custam, em média, entre 5 a 20% das vendas que fazem, anualmente, para aquele país.

No dia em que arranca a nona ronda de negociações, em Nova Iorque, da Parceria Transatlântica para o Comércio e o Investimento (TTIP na sigla inglesa), um inquérito divulgado por Bruxelas, feito a 896 empresas (29 portuguesas) dá conta dos inúmeros obstáculos às exportações para os EUA que as PME enfrentam e mostra que as vendas para aquele país somam 77 mil milhões de euros, 14% do valor total das exportações feitas pelas pequenas empresas da UE.

A maior parte das empresas que vendem produtos alimentares e bebidas apontam os parâmetros de qualidade, relacionados com a segurança alimentar e barreiras sanitárias, como principais entraves. As burocracias alfandegárias, formalidades e inspecções são o segundo tema que merece maior crítica por parte das médias empresas.

Um empresário italiano deu como exemplo os limites à quantidade de importações de queijo Gorgonzola com Denominação de Origem Controlada. "Os importadores têm de pagar um custo muito considerável pela licença", descreve. Um produtor de vinho francês também exemplifica: "O processo de distribuição nos Estados Unidos é uma desvantagem séria para o nosso vinho. Temos de obter um número da Food And Drug Administration, depois recorrer a intermediários antes de entregar o produto ao consumidor final. Por isso o nosso vinho é vendido muito caro nos EUA devido à multiplicidade de etapas que temos de cumprir na cadeia de distribuição".

As empresas que exportam produtos farmacêuticos e químicos indicam as inúmeras certificações, inspecções e avaliações como grandes entraves.

 

Fonte: Público / Ana Rute Silva