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Crise faz produtor de vinho luso apostar em novas vinhas
Num ano em que a crise também afetou o mercado vinícola português, o vinicultor Domingos Alves de Sousa apostou na produção de novas vinhas, no Douro, onde mistura técnicas modernas e métodos tradicionais

O ano de 2009 foi o "primeiro verdadeiro ano de produção das novas vinhas" da Quinta da Gaivosa, uma das propriedades de Alves de Sousa.

Castas como a Tinta Amarela, Sousão e Touriga Nacional estão sendo trabalhadas separadamente, numa aposta nas novas vinhas, porque, como o empresário explicou à Agência Lusa, "o ciclo de renovação não pode nunca ser quebrado".

"Com estas experiências com as castas, procuramos ter um conhecimento cada vez mais profundo dessas castas e começar a fazer combinações entre elas, o que vai permitir-nos traçar um perfil para o futuro", indicou Alves de Sousa.

O investimento nas vinhas "tem sido uma constante, quer pela aquisição de novas parcelas, quer pela reestruturação de algumas das vinhas mais velhas", acrescentou, explicando que, em alguns casos, a idade avançada das vinhas "representa um patrimônio inestimável e a preservar", mas algumas estão chegando ao limite da sua vida útil.

Em suas quintas, Alves de Sousa combina "criteriosos e inovadores meios técnicos", mas sem esquecer o passado, recorrendo à seleção policlonal, à agricultura biológica na recuperação de castas, e optando pela vinha tradicional.

Além disso, ele reconhece que este foi um ano "particularmente exigente do ponto de vista comercial", já que, "com vários mercados a apresentarem algumas dificuldades face à conjuntura internacional, foi necessária uma dedicação suplementar".

Com seis quintas na região do Douro - Gaivosa, Vale da Raposa, Caldas, Estação, Aveleira e Oliveirinha, no total de 123 hectares -, Domingos Alves de Sousa descende de uma família de vitivinicultores do Douro e foi considerado "Produtor do Ano", pela Revista de Vinhos, em 1999 e 2006.

Os seus vinhos, que já receberam dezenas de prêmios em Portugal e no exterior, são exportados para 20 países.

Fonte: Agência Lusa / 14-12-2009