Será, neste sentido, uma voz organizada na defesa da garantia de qualidade e na promoção dos vinhos com Denominação de Origem tanto na UE como no mundo. A apresentação do programa no Parlamento Europeu irá contar com a participação do Presidente da EFOW, Riccardo Curbastro, do vice-presidente da EFOW, Luciano Vilhena Pereira, o Presidente do IVDP, do Presidente do Intergroupe Vin, Astrid Lulling e do Presidente da Comissão de Agricultura e Desenvolvimento Rural - Paolo de Castro e será precedida de uma conferência de imprensa no Renaissance Hotel, em Bruxelas.
De acordo com o vice-presidente da organização, Luciano Vilhena Pereira, "o sector dos vinhos com denominação de origem enfrenta inúmeros desafios a nível económico, social e ambiental, dependendo o seu desenvolvimento de três elementos principais: a capacidade de gerir a produção para garantir a qualidade dos vinhos, o reforço da protecção jurídica concedida a esses vinhos para combater os produtos falsificados e a necessidade de promover a especificidade dos mesmos nos mercados consumidores mais importantes".
Os membros da EFOW são organizações dos Estados Membros da UE, que representam os vinhos com denominação de origem e indicação geográfica existentes em Espanha (CECRV), França (CNAOC), Hungria (HNT), Itália (FEDERDOC) e Portugal (IVDP). Tem assim por missão promover os interesses dos vinhos com denominação de origem e/ou indicação geográfica da União Europeia junto das instituições europeias, mantendo um diálogo regular com as instâncias de decisão políticas e as instituições a nível nacional, europeu e internacional e com os meios de comunicação social.
Deste modo, a EFOW facilita a troca de ideias e a adopção de posições comuns entre os organismos com vinhos DOC, mantendo um diálogo regular com os decisores e instituições a nível nacional, europeu e internacional, bem como com os meios de comunicação.
Combate às fraudes
Muitos vinhos originários da UE, entre os quais se destaca o Vinho do Porto, têm desenvolvido uma reputação de excelência, tanto a nível nacional e internacional, contribuindo assim para o seu sucesso, mas atraiu a imitação e contrafacção. O quadro legal estabelecido na União Europeia para a protecção dos vinhos DOC tem sido muito eficaz no combate a essas usurpações, no entanto, muitos vinhos de países terceiros continuaram a abusar dos nomes dos vinhos de origem da UE, por exemplo, Champagne, Chianti ou Porto da Califórnia, Brunello di Montalcino da Argentina, etc. Deste modo, as diversas negociações comerciais trazidas pela UE, tanto a nível bilateral e multilateral (OMC), são extremamente importantes para o sector dos vinhos de origem.
Promoção nos mercados internos
A actual organização comum do mercado vitivinícola só permite o financiamento de actividades de promoção em países terceiros, através de programas nacionais. Para os produtores de vinhos com denominação de origem, a promoção deve incidir também sobre o mercado interno, o que representa 67% do mercado global
A promoção e informação sobre as características únicas dos vinhos DOC, tanto no mercado interno como nos mercados dos países terceiros são cruciais para os mesmos vinhos. Sem prejuízo da importância das campanhas de promoção nos mercados dos países terceiros, é essencial permitir a promoção e informação sobre as especificidades destes vinhos no mercado interno, a ser financiado pelo orçamento não utilizado para a promoção nos mercados dos países terceiros
Algo mais sobre os vinhos DOC
Desde sempre que os vinhos foram marcados pelo seu "terroir". Durante séculos, certos vinhos tornaram-se famosos e os seus nomes prestigiados, devido à sua qualidade única. Ex: Porto (Douro), Chianti, Champagne, Porto, Rioja, Tokaji, etc
A sua particularidade reside no facto de serem originários de determinado território, sempre demarcado e que têm qualidades e características que são essencialmente devidas à sua região de proveniência e o seu método de produção. O sistema de vinho DOC é baseado numa certificação que é própria para cada um dos vinhos DOC. A certificação obriga ao cumprimento de regras precisas sobre as vinhas, a área de produção, as uvas que devem ser usadas, o processo de produção que deve ser seguido, a rotulagem específica e as embalagens que devem ser respeitadas.
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