Início\ Informação \ Notícias
Renovação da Adega Única também passa pelo modo de entrega das uvas
Se antes a tradição era misturar uvas de diferentes castas, quer no campo, quer na adega, hoje tem que existir uma separação cuidada. É que, para fazer vinho de qualidade, também há que escolher a matéria-prima e segmentá-la por qualidade e castas.

«No ano passado, começámos a trabalhar com alguns produtores, fazendo-os entregar determinadas castas. Já na adega mudámos o modo de recepção, criando três tegões (um para branco e dois para tinto), onde, conforme a qualidade da uva, esta é encaminha para um tegão ou para outro. Depois desta fase, mesmo que entrem ao mesmo tempo, no interior há diferentes depósitos, onde é feita a segmentação», explicou ao «barlavento» Mário Andrade, enólogo da Adega Cooperativa de Algarve - Única.

Assim, castas extremas de Touriga Nacional, Syrah, Cabernet, Crato Preto, Aragonês são segmentadas, trabalhadas de modo individual e com um protocolo próprio. «O que fazemos é juntar as más com as más, as médias com as médias e as boas tentar segmentá-las o mais possível», sublinhou o enólogo.

O acompanhamento ao viticultor também passa a ser mais próximo, sendo a missão da adega fazer a ponte entre o produtor e o mercado. «Com o mercado competitivo que existe, há que criar uma economia de escala, onde seja possível tirar partido de uma das vantagens da adega cooperativa, que é o agregar de vários produtores, e do potencial das uvas», disse ainda.

O primeiro passo para criar esta economia de escala é vender vinho, pois havendo boas vendas, há um bom retorno, um bom pagamento aos sócios, e os produtores colaboram mais.

Além desta mudança, a Única apostou na reformulação das gamas de vinhos, na melhoria geral das instalações atuais, onde se incluem as condições de engarrafamento e de vinificação.

 

Fonte: Barlavento / Ana Sofia Varela