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"Uma Vindima Díficil"
È este o título do artigo publicado na revista Time (Setembro/2009), descrevendo a situação da região de Champagne às portas de mais uma vindima.

A previsão de um bom ano para a vindima nesta região, contudo, contrariamente ao que seria de esperar, não se revela animadora para os produtores de uva da região.

Com efeito, devido à recessão mundial e a um euro forte, o Comité Interprofissional do Vinho de Champagne (CIVC) prevê uma quebra significativa nas expedições deste vinho espumante de renome mundial.

Esta quebra é precedida de vários anos de crescimento das expedições, atingindo um máximo histórico em 2007, com quase 339 milhões de garrafas (mais de 2,5 milhões de hectolitros) de Champagne. Em 2008 este valor desceu para322 milhões de garrafas e a previsão para 2009 ronda os 270 milhões.

De acordo com a Time, esta situação, aliada à existência de stocks importantes (1.200 milhões de garrafas) nos produtores de Champagne (os négociants), gerou uma situação de tensão entre estes e os produtores de uva, uma vez que os négociants se propunham a comprar apenas 7.500 kg/ha.da uva desta vindima

Esta situação obrigou à intervenção do CIVC na negociação de um compromisso entre as partes, em que os négociants se comprometem a adquirir 9.700 kg por hectare aos produtores de uva, dos quais engarrafarão apenas a produção correspondente a 8.000 kg, deixando o remanescente (equivalente a 48 milhões de garrafas) a granel durante 10 meses, após o que esperam a recuperação da procura.