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Patagónia aposta no vinho
A Patagónia, extremo sul do continente sul-americano, é conhecida pelas suas belas paisagens mas também por ser uma região erma. Um grupo de produtores está agora a tentar que o território venha a ser conhecido também pela produção de vinho.

Santiago Bernasconi, jovem produtor da adega argentina Bodega NQN, juntou-se a outros colegas de profissão para desafiar a natureza e tentar produzir vinho naquela região do planeta. Sem qualquer forma de regadio e totalmente dependentes do degelo, as vinhas acabam por se enraízar de forma mais profunda para chegar à água. Em resultado, os vinhos brancos, por exemplo, adquirem uma frescura e um sabor frutado muito próprios.

Até ao momento, «existem apenas oito adegas na Patagónia e todos partilhamos as nossas experiências e trabalho em favor do desenvolvimento da região» explicou Santiago Bernasconi. O produtor é responsável por 1100 hectares dos quais 200 são plantações de Chardonnay, Sauvignon Blanc, Pinot Noir, Malbec, Merlot e Cabernet Sauvignon, cultivados através de métodos de irrigação e fertilização avançados. «Faz-nos sentir que estamos a trabalhar na última fronteira do mundo vitivinícola» adianta Bernasconi.

Alguns vales mais à frente, Ausgusto Ripoll tem também os 10 hectares de vinhas que compõem a Patagonia Valley Bodegas. «Tento não ser agressivo com o solo» explica o produtor, razão pela qual se dedica a uma viticultura orgânica. De acordo com o viticultor, fazer vinho na Patagónia apresenta outras dificuldades além dos solos: o clima, caracterizado por Invernos gelados e Verões muito quentes. «O meu Pinot Noir tem 14.8 graus. É o que o sol dá às minhas uvas e não posso lutar contra isso, é o terroir», concluiu.

Os vinhos desta região foram recentemente apresentados nos Estados Unidos.

 

Fonte: Ana Filipa Luzia / http://www.mariajoaodealmeida.com