No espaço de oito meses este escocês provou mais de mil vinhos e visitou as regiões portuguesas e respetivos produtores, mas cedo abandonou a ideia inicial de escolher exemplos de vinhos originais e clássicos.
"Depressa abandonei a ideia porque os produtores andam na fronteira - usam castas tradicionais [na produção do vinho] mas com um estilo moderno - e percebi que a divisão entre originais e clássicos era falsa", afirmou à agência Lusa.
Decidiu então começar a procurar vinhos que "mostrassem uma frescura verdadeira", acabando por selecionar um conjunto de brancos e tintos "muito frescos, atraentes, saborosos, vinhos para acompanhar comida".
Cannavan "não queria vinhos que fossem pesados, vinhos que tivessem demasiado carvalho ou demasiada extração e riqueza", vincou.
Assim, elegeu antes "vinhos que tivessem suficiente fruta e fáceis de beber mas que tivessem frescura e refrescassem o palato com boa acidez e claridade".
O jornalista acredita que esta categoria "é uma das coisas pelas quais Portugal não tem suficiente reputação mas depressa percebi que é possível encontrá-la".
A lista final inclui 13 brancos, 35 tintos e dois vinhos licorosos, produzidos nas regiões do Dão, Vinho Verde, Colares, Beiras, Alentejo, Douro, Lisboa, Trás-os-Montes, Bairrada, Península de Setúbal, Tejo e Minho.
Tom Cannavan levou a cabo este projeto a convite da Associação de Importadores de Vinho Português britânica, que todos os anos propõe este desafio a um jornalista diferente.
O objetivo é mostrar a diversidade e qualidade que os vinhos portugueses e promovê-los no Reino Unido, através de provas para enólogos, importadores, distribuidores e outros profissionais do meio.
A primeira prova teve lugar na segunda-feira na embaixada de Portugal, em Londres, e a segunda será realizada no sábado em Edimburgo.
Uma das estreias nesta seleção foi o vinho branco Julia Kemper Reserva de 2009.
A produtora, Julia Kemper, mostrou-se encantada por poder encontrar pessoalmente distribuidores britânicos e líderes de opinião, de quem recebeu boas avaliações.
"Temos umas expetativas muito boas de bons distribuidores", adiantou à agência Lusa, considerando que eventos como este e feiras internacionais "são importantes".
Advogada de profissão, Julia Kemper tornou-se vinicultora após herdar uma propriedade na região do Dão e o vinho escolhido foi apenas o segundo que produziu.
Atualmente exporta, estimou, 90 por cento da exportação, nomeadamente para Alemanha, Bélgica, Noruega, havendo ainda contactos para entrar na Holanda, Reino Unido, Suécia e Brasil.
"Portugal é um mercado mais difícil", constatou.
Fonte: Correio do Minho / Lusa
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