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Penalva do Castelo: Obras de dois milhões de euros ampliam e modernizam adega
A Adega Cooperativa de Penalva do Castelo tem em curso obras de ampliação e modernização das suas instalações, orçadas em cerca de dois milhões de euros, anunciou hoje o seu presidente, José Frias Clemente.

As obras, que começaram a semana passada e devem estar concluídas até ao final de fevereiro de 2012, visam "melhorar a qualidade dos vinhos" produzidos pelos 900 associados da adega, situada na Região Demarcada do Dão.

"A última reestruturação tinha sido em 1996. Já na altura investimos 330 mil contos (cerca de 1,65 milhões de euros), apostando também nas últimas tecnologias de então. Foi um bom investimento, mas entendemos que era altura de fazermos um novo para melhorar os vinhos", justificou José Frias Clemente à agência Lusa.

Apesar das dificuldades financeiras de que sofrem muitas adegas cooperativas, o responsável garantiu que a de Penalva do Castelo está "bem de saúde", tendo conseguido amealhar dinheiro para pagar parte deste investimento.

"Somos comparticipados com cerca de 700 mil euros pelo PRODER (Programa de Desenvolvimento Rural) e temos outro tanto disponível para investimento, sem mexermos no pagamento dos nossos associados. À banca vamos buscar uma pequena fatia na casa dos 500 mil euros", explicou, acrescentando que o empréstimo bancário já foi aprovado pelos associados.

Depois das obras concluídas, a adega de Penalva do Castelo ficará com "um novo pavilhão de 40 metros de comprimento por 17 de largura", que terá uma linha de engarrafamento, condições para descarga basculante em tempos de vindimas, 18 cubas de fermentação e duas prensas pneumáticas, entre outros equipamentos.

"Vamos ter aqui o que há de mais moderno para que os nossos vinhos possam melhorar mais a qualidade", disse José Frias Clemente.

A qualidade dos vinhos da adega de Penalva do Castelo tem sido premiada nos últimos anos. Em 2011, conquistaram duas medalhas de ouro num concurso de vinhos do Dão e outra num concurso em Itália, além de outras de prata.

"O facto de termos tido estes prémios deve-se, em parte, aos nossos associados, que felizmente têm tido gosto de trabalhar a vinha, apesar dos tempos difíceis que se vivem na agricultura", sublinhou, elogiando também o enólogo e o engenheiro agrário que trabalham com a adega.

Este ano, a adega acolheu 20 novos sócios, o que levará a "um aumento na produção na casa dos 200 mil quilos de uvas".

No ano passado, de todos os associados, a adega recebeu oito milhões de quilos, um número que deverá baixar nesta vindima, devido a "uma quebra prevista na produção de cerca de 10 por cento".

 

Fonte: Lusa / AMF.