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Vinhos: Adega Ervideira "responde" à crise com mais 3,1pc de faturação graças a aumento das exportações
A empresa vitivinícola Adega Ervideira, de Évora, registou no ano passado um crescimento da faturação de 3,1 por cento, apesar da crise no mercado nacional, devendo-se este aumento à subida de 10 por cento das exportações.

"O crescimento da exportação foi ligeiramente superior a 10 por cento, o que mais do que contrabalançou as quebras do mercado nacional que foram transversais a todas as marcas", realçou o diretor-geral da Adega Ervideira, Duarte Leal da Costa.

A empresa vitivinícola divulgou hoje os números relativos a 2011, que se revelou "um ano particularmente duro, com avanços e recuos, alterações de estratégia política, que trouxeram indefinições ao consumidor".

Contudo, a Adega Ervideira "fechou as suas contas com um crescimento de faturação de 3,1 por cento", uma ligeira subida, mas à qual Duarte Leal da Costa não retira importância.

"Se verificarmos que só o mercado de ofertas de presentes de Natal, por parte de empresas, que representava uma quota de mercado importante para a adega, caiu uns escandalosos 80 por cento, estes 3,1 por cento acabam por ser um número bastante agradável", frisou o responsável.

E, acrescentou, se a este facto se juntar o decréscimo de "10,3 por cento" da marca na venda anual "na moderna distribuição", ou seja, nos supermercados e hipermercados de Portugal, "a pergunta que se coloca é como é que, ainda assim, a Adega Ervideira encontrou espaço para crescer".

A empresa sublinha que, perante este cenário nacional, as exportações tiveram "um impacto muito significativo" no comportamento da marca.

"Como os mercados internacionais são tradicionalmente melhores pagadores, houve igualmente uma melhoria ao nível da faturação, sendo que, com este ligeiro crescimento, a Adega Ervideira voltou a estar por cima no período antes da crise", argumentou o produtor vitivinícola.

Para enfrentar este ano, a empresa anuncia que subdividiu as tarefas em mercados de exportação, "dividindo o globo em três áreas, de forma a maximizar esforços de exportação, com resultados que não tardarão a surgir".

"Aliás, o novo ano começou de forma prometedora, com a exportação de um volume significativo [de vinhos] para França e Alemanha, lançando a perspetiva de um ano ainda mais sorridente", frisou.

O reforço da cota de mercado nos países do Leste da Europa, da Ásia e da América é um dos grandes objetivos para 2012, revelando-se Duarte Leal da Costa "seguro" de que este ano "vai ser melhor que 2011".

A Adega Ervideira explora uma herdade na zona de Vendinha, Évora, onde está a sede da empresa, e outra no concelho de Cuba, num total de 800 hectares, 160 dos quais de vinha, exportando para mais de 20 países.

 

Fonte: Lusa/RRL.