"O crescimento não foi tanto quanto esperávamos, mas ainda assim vendemos mais de 200 mil garrafas no ano passado", disse à Agência Lusa o ex-jogador do Boavista e do FC Porto e agora técnico da Académica.
Pedro Emanuel contou que a sua ligação aos vinhos começou através de "jantares de degustação", que foi frequentando nos tempos livres que o futebol lhe ia deixando.
"Não sou muito de colecionar, compro e bebo", revelou, confessando preferir os vinhos do Douro", por serem "mais expressivos".
Um dia, porém, decidiu ir mais longe, acompanhado por dois sócios, António Nora e Francisco Freitas, estes sim relacionados com o mundo vínico, e dessa sociedade surgiu a Wine o' Clock e a primeira loja, num "antigo armazém em boas condições e devoluto", na zona sul de Matosinhos.
O estabelecimento abriu em maio de 2007 e distribuiu-se por dois pisos com "300 metros quadrados e mais de 2.500 referências de vinhos, 70 por cento portugueses".
A loja, de linhas contemporâneas e onde reina a cor preta, inclui um bar no primeiro piso, que acolhe periodicamente provas, e "uma cave fria" reservada aos vinhos mais exclusivos, que ali são tratados como reis, a uma temperatura de 14 graus.
"Aqui, o preço de entrada é de 50 euros", disse Pedro Emanuel.
É aí nesse espaço climatizado que se encontra um uísque escocês Macallan, à venda por 3.959 euros, lado a lado com outras preciosidades, desde vinhos tintos e brancos, champanhes e espirituosos.
Em 2007, a Wine o'Clock instalou-se em Aveiro (setembro) e Lisboa (novembro), mas só a loja desta cidade continua aberta.
Pedro Emanuel afirmou que "Aveiro foi a parte menos boa do projeto e que, por isso, decidiu fechá-la", mas Lisboa está a ser uma aposta vencedora.
De então para cá, a sociedade alterou-se: António Nora e Francisco Freitas retiraram-se e "um fundo de investimento espanhol ficou com 50 por cento do capital", mas acabou também por sair em 2011, "devido à crise no seu país".
Pedro Emanuel é hoje "detentor de 96 por cento" do respetivo capital.
Em Portugal, a Wine o' Clock planeia expandir o seu negócio, através de "parcerias", havendo desde já "cinco possibilidades muito fortes, duas delas em andamento".
O segredo é a alma do negócio, mas o empresário acabou por dizer à Lusa que uma dessas parcerias tem como destino a "Baixa portuense".
Com uma empresa vocacionada para a distribuição, a Great Wines, a Wine o'Clock - Cave Internacional adianta que "a exportação do seu conceito é um dos próximos passos".
Pedro Emanuel adiantou que "Angola, Brasil, Bélgica e Suíça" são países onde esses passos já estão "avançados", revelando ainda que, "num futuro longínquo, a China é um alvo e já houve contatos".
A paixão recente pelo vinho não fez esmorecer o seu interesse pelo futebol, garantiu.
"O futebol ocupa-me muito mais tempo, é onde me sinto mais vontade, porque é algo que respiro há muitos anos", resumiu o técnico da Académica, na véspera da receção ao Benfica.
Fonte: Lusa/AYM.
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