Os 1.700 produtores de vinhos em Portugal venderam um total de 1,1 mil milhões de euros no ano passado, valendo-se do aumento das vendas ao exterior (para onde segue 63% da produção) para amenizar a quebra de 1,4% no mercado doméstico, onde facturou 485 milhões de euros.
Os dados são avançados no estudo sectorial da autoria da Informa D&B, onde se lê que no mercado português sentiram-se "de modo especial a diminuição do consumo e a forte concorrência de preços".
Como o Negócios noticiou no mês passado, com base nos dados apurados pelo Instituto da Vinha e do Vinho, as vendas de vinhos portugueses ao exterior atingiram 675 milhões de euros e 2,97 milhões de hectolitros em 2011. O crescimento face ao ano anterior foi maior em termos de volume (14%) do que em valor (3,6%), indiciando uma quebra no preço de venda ao exterior de 9,1%.
"A crescente orientação para o exterior constitui uma boa oportunidade para as adegas portuguesas, ainda que a envolvente seja débil, as margens de crescimento escassas e que haja uma forte concorrência nos mercados internacionais de países produtores não tradicionais", refere o relatório da empresa espanhola, especializada na elaboração de estudos de análise sectorial e de concorrência.
O mesmo documento, hoje divulgado, indica que as importações "reduziram significativamente nos últimos anos, passando de 100 para 79 milhões de euros, entre 2009 e 2011". Os vinhos estrangeiros representam 16,3% do mercado em Portugal.
Dominam as cooperativas e Trás-os-Montes
Dos perto de 1.700 produtores de vinhos em Portugal, predominam as cooperativas de tamanho reduzido, que "concentram uma parte muito significativa da produção, com a maioria dos vinhos sem Denominação de Origem Protegida (DOP) nem Indicação Geográfica Protegida (IGP), segmento em que reúnem cerca de 60% do volume total".
A estrutura da oferta mostra ainda que a superfície vitivinícola em Portugal tem vindo a reduzir nos últimos anos - 243 mil hectares em 2010, menos mil que no ano anterior. A região de Trás-os-Montes (que integra as denominações do Douro e Porto), é a mais extensa, com perto de 29% do total da superfície. A região das Beiras concentra 24% do total, seguida do Minho (13%) e de Lisboa (11%).
No que toca à quota conjunta, em valor, das cinco maiores empresas, o relatório (com base em dados ainda de 2010) aponta para uma concentração de 38,5% ao nível da produção e um domínio de 29,2% do mercado por parte destas companhias.
Fonte: Jornal de Negócios
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