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Moçambique: Cooperativas portuguesas pedem redução de impostos sobre vinho
A Federação de Adegas Cooperativas de Portugal (FENADEGAS) quer que o governo português e Moçambique "encontrem situações de exceção" nos impostos aduaneiros pagos na importação de vinhos portugueses, afirmou na quarta-feira o vice-presidente da organização.

"Ao nível da qualidade, não temos dúvidas de que somos muito competitivos, para não dizer inigualáveis. A nível de preços, temos alguns constrangimentos. Apelo às autoridades portuguesas e moçambicanas que encontrem situações de exceção para os vinhos de Portugal", disse à agência Lusa José Santos, durante uma prova de vinhos em Maputo.

"O mercado moçambicano tem uma apetência muita grande pelos produtos portugueses, nomeadamente, o vinho. A ideia é reforçar as relações comercias que se iniciaram no ano passado e encontrar outros agentes económicos que queiram trabalhar estes produtos", sublinhou.

José Santos acrescentou que a FENADEGAS pretende reforçar as relações comerciais com Moçambique, depois de ter estabelecido, em 2011, vários acordos comerciais entre empresas dos dois países.

Os vinhos portugueses estiveram representados pela VERCOOP, Cooperativa de Pegões, Caves de Santa Marta, Caves de Vale do Rodo, Adega Cooperativa da Vermelha e Cooperativa de Cantanhede.

"Encontramos aqui vinhos de todas as gamas: os de exceção, como os vinhos do porto, que estão aqui para tentar alavancar todos os outros produtos. Depois, vinhos de Denominação de Origem Controlada (DOC), verdes, como o alvarinho, espumantes, rosés, ou seja, todo o tipo de produtos para todo o segmento de mercado", disse José Santos.

Em Moçambique, os vinhos portugueses concorrem diretamente com produtos chilenos e sul-africanos, sendo que, estes últimos, gozam de um regime de exceção a nível de impostos.

Devido às taxas aduaneiras, o preço de uma garrafa de vinho português pode custar em Moçambique o triplo do valor pago pelo consumidor em Portugal.

"Não faz sentido que o vinho do Chile que chega a Moçambique tenha a mesma carga fiscal que os vinhos portugueses. Aproveitando as relações de proximidade que existem entre a CPLP será possível encontrar situações de excecionalidade", disse o vice-presidente.

Santos referiu ainda que a iniciativa se insere numa política de internacionalização dos produtos das cooperativas que representa, sendo Moçambique um mercado preferencial.

 

Fonte: Lusa / ENYP.