Martim Guedes explica que o plano é de cinco anos e prevê a realização de ações
de promoção do produto, sobretudo no sul daquele país asiático, por ter um clima
e uma gastronomia mais propícios ao consumo de vinho verde.
Para alcançar
esse propósito, a empresa já contratou um quadro de nacionalidade chinesa,
residente em Portugal, especialista no comércio de vinho.
"Sabemos que a
China, para onde exportamos, mas em pouca quantidade, é um mercado difícil, mas
com potencial. Por isso, traçámos um plano que prevê um crescimento lento",
anotou o administrador responsável pela área comercial.
A sociedade anónima
sediada em Penafiel acredita que o esperado crescimento do mercado chinês
acentue os ganhos conseguidos nos últimos anos em termos de quotas de
exportação.
Em 2012, a faturação da Quinta da Aveleda vai crescer 4,2 por
cento, representando a exportação 65 por cento do volume de negócios, prevê a
empresa.
Martim Guedes estima que a faturação em 2012 seja de 27,9 milhões de
euros, continuando a marca Casal Garcia a representar cerca de dois terços das
vendas.
Este ano, pela primeira vez, a empresa vai comercializar mais de 10
milhões de garrafas de Casal Garcia, crescimento que decorre do lançamento de
novos tipos de vinho com aquela marca, como o rosê, o espumante e as garrafas
mini.
Os Estados Unidos e a Alemanha continuam a ser os mercados de
exportação mais expressivos, absorvendo cada um cerca de 13,8 por cento do total
das vendas da Quinta da Aveleda.
As exportações para o Brasil estão a
aumentar este ano cerca de 44 por cento e já representam cerca de cinco por
cento das vendas.
Também o mercado francês tem registado um crescimento em
2012, de cerca de cinco por cento. O facto de a Quinta da Aveleda ter conseguido
recentemente colocar os seus produtos em duas novas cadeias de supermercados faz
perspetivar, segundo o administrador, um forte crescimento do mercado
francês.
Mas se a exportação tem crescido, a empresa continua com ligeiras
quebras no mercado interno, uma tendência já verificada em ano anteriores. Em
2012, os negócios domésticos estão a cair 3,6 por cento.
Apesar disso, a
Quinta da Aveleda ainda vende em Portugal 35 por cento de vinho que
produz.
Martim Guedes atribui a diminuição das vendas no mercado interno à
conjuntura económica adversa do país.
Fonte: Lusa / APM.
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