Enquanto paira a incerteza quanto ao futuro, já que o Governo quer extinguir a Fundação Museu do Douro, a unidade museológica sediada na Régua prossegue a sua atividade.
O diretor do MD fez à agência Lusa um "balanço positivo" da exposição "D. Antónia - uma vida singular", inaugurada a 08 de julho de 2011, a propósito dos 200 anos do nascimento desta que foi uma das principais figuras do Douro.
A mostra recordou o percurso de D. Antónia, a "Ferreirinha", desde que nasceu em 1811 na Régua, até ao seu falecimento, em março de 1896, na Quinta das Nogueiras, e destacou a sua "vida e obra na dupla vertente de mulher e de empresária".
"Foi uma mulher singular, que há 200 anos lutou pelo que o Douro é hoje. Tinha uma visão estratégica de desenvolvimento da região e da vinicultura duriense muito à frente", afirmou Fernando Seara.
Segundo o responsável, foram cerca de 40 mil as pessoas que visitaram esta exposição.
O MD começou por homenagear o Barão de Forrester e, depois da "Ferreirinha, seguir-se-á o Marquês de Pombal, a quem se deve a instituição da Companhia Geral da Agricultura das Vinhas do Alto Douro em 1756, ficando desde então demarcada a região do vinho do Douro.
Esta mostra será incluída no programa de atividades para o próximo ano, que, segundo Fernando Seara, "está muito dependente do futuro da Fundação Museu do Douro".
Depois de ter atingido um défice de cerca de um milhão de euros, o MD está neste momento em processo de "equilíbrio financeiro" e as expectativas são, de acordo com Fernando Seara, "de fechar o ano com saldo positivo".
"Houve algumas decisões estratégicas no sentido de conter as despesas e não perder atividade no território", salientou.
Entre outras medidas com vista à poupança, a instituição vai transferir a exposição permanente para a ala central da sede, acrescentado "mais Douro" e "testemunhos reais". Esta mostra está instalada no Armazém 43, localizado a alguns metros da sede.
As exposições temporárias passarão a ocupar outros espaços que, pela sua menor dimensão, implicam menos custos.
"A qualidade nem sempre está ligada à dimensão, mas ligada aos processos de investigação e depois à forma como isso se consegue transmitir aos públicos que nos visitam", frisou.
Segundo Fernando Seara, todas as exposições do museu passarão a ser itinerantes pela Região Demarcada do Douro.
Em dezembro, é inaugurada uma mostra de pinturas da Santa Casa da Misericórdia da Régua, entre os séculos XIX e XX, que estavam "esquecidas, perdidas, degradadas" e estão a ser restauradas pela unidade museológica.
"Num ano em que há uma recessão evidente a todos os níveis, o museu vai terminar o ano ainda com um resultado mais favorável e mais positivo, que permite encarar 2013 com alguma satisfação", salientou.
Fonte: Lusa / PLI // SSS.
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