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Vinho Alvarinho já rende 25 ME por ano e quer apostar na exportação
A produção de vinho Alvarinho já movimenta 2.000 produtores e engarrafadores dos concelhos de Monção e Melgaço, num volume de faturação anual que ascende a 25 milhões de euros, sendo mesmo uma das uvas mais caras do país.

Segundo números divulgados hoje pela Associação de Produtores Alvarinho (APA), aquela atividade reúne 60 empresas desta sub-região demarcada centenária, onde são produzidos 4 milhões de quilos daquela uva todos os anos. A seleção "das melhores" dá origem a mais de 1,5 milhões de garrafas de vinho alvarinho, característico daqueles dois concelhos do Alto Minho.

"É um produto de excelência e que tem representado, ao longo dos anos, um complemento ao ordenado das famílias. Isso acontece cada vez mais com a crise e cada vez mais estamos a procurar novos mercados internacionais, para aumentar os níveis de exportação, face às dificuldades internas", explicou Miguel Queimado, presidente da APA.

A exportação de vinho alvarinho, de Monção e Melgaço, representa 10% do total das vendas anuais deste produto, sobretudo para mercados da América do Norte e Norte da Europa, além de outros países com forte presença de emigrantes portugueses como a França.

Trata-se da casta cuja uva "mais rende ao produtor", com exceção da uva utilizada para o vinho do Porto de mesa, chegando a valer 1,10 euros por cada quilo. É por isso a "matéria-prima mais cara" do país, garantem os produtores.

"Em comparação, estamos numa região de vinhos verdes em que o preço médio por quilo é de 45 cêntimos, quando no resto do país esse valor é de 15 cêntimos. É por isso um produto de elevado valor acrescentado e que motiva o interesse dos produtores, por ger uma importante rentabilidade", sublinhou Miguel Queimado.

 

Fonte: Dinheiro Vivo