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Nelas Centro Interpretativo da Vinha e do Vinho do Dão pronto em 2015
A distribuidora de vinhos portugueses Lusovini espera ter pronto no prazo de dois anos, em Nelas, um Centro Interpretativo da Vinha e do Vinho do Dão, com o objectivo de atrair turistas nacionais e internacionais à região.

Ao final da tarde de hoje foi lançada a primeira pedra do centro, que vai chamar-se "Nelas Wine & Culture - Lusovini by Pedra Cancela" e representa um investimento de cerca de 1,5 milhões de euros.

"A ideia é criar um enoturismo diferenciado", justificou aos jornalistas o presidente do grupo Lusovini, Casimiro Gomes.

Cerca de 75% da atividade empresarial da Lusovini é negócio para o estrangeiro e Casimiro Gomes acredita que conseguirá também internacionalizar o centro interpretativo.

"Esse é que é o grande desafio, trazer turistas. Há muitas camas disponíveis na região, em excesso. Se conseguirmos fixar as pessoas por uma noite é muito valor agregado que cá fica. A região ganha e os nossos vinhos também", frisou.

Casimiro Gomes admitiu que gosta de arriscar em projetos diferentes, numa região que acredita ter muito potencial.

"Era mais normal que fosse uma autarquia ou uma comissão vitivinícola a fazê-lo (o centro). Mas eu acho que, se nós fizermos isto bem feito, com rigor, também temos ganhos, porque podemos trazer muita gente do mercado nacional e internacional a visitar o espaço. A região ganha e os nossos vinhos também", frisou.

Os vinhos do Dão representam atualmente 40% do portfolio da Lusovini.

"Quando começámos, a nossa expectativa era não ser mais do que 20%. Hoje é mais de 40%, o que é espantoso, porque temos vinhos e produtores diferenciadíssimos do Alentejo e do Douro e conseguimos crescer a um ritmo mais acelerado no Dão", referiu.

O centro interpretativo - que deverá empregar cerca de 25 pessoas - vai ser construído num armazém da década de 60 pertencente às instalações da antiga adega de Nelas, que a Lusovini comprou para instalar a sua sede.

Este será "adaptado com elementos contemporâneos e com acessibilidades, com a gastronomia, com os produtos regionais, mas muito assente nas novas tecnologias", com a ajuda de professores universitários, explicou.

Com o vinho e a vinha no centro da atenção, não serão esquecidas outras atividades da região, nem as suas gentes.

"O vinho não está desligado do movimento das pessoas, da indústria que houve nos últimos séculos, da gastronomia, do artesanato. Tudo isto está ligado", justificou.

A Lusovini é a principal distribuidora de vinhos portugueses para os mercados lusófonos, sobretudo Angola e Brasil, estando também presente nos mercados do Norte da Europa, dos Estados Unidos da América e asiático.

A maioria dos vinhos que distribui são marcas que resultam de parcerias entre a empresa e produtores e enólogos portugueses, com destaque no Dão para os vinhos Pedra Cancela, do produtor e enólogo João Paulo Gouveia.

 

Fonte: Notícias ao Minuto