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Curso de Enologia preenche todas as vagas
O curso de Enologia da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD) viu todas as suas vagas preenchidas, após a conclusão da segunda fase das candidaturas ao ensino superior, cujos resultados foram anunciados esta madrugada (quinta-feira).

Aos 29 lugares previstos no contingente geral do único curso de 1º ciclo (Licenciatura) desta área existente no país, juntaram-se mais seis, referentes a entradas para alunos maiores de 23 anos ou com outras condições de acesso extraordinárias. A nota de acesso do último aluno a ser colocado nesta fase foi de 12 valores, enquanto na primeira fase foi de 9,5 valores. No ano passado, esta havia sido de 10,1 valores. Ao curso concorreram cerca de duas centenas de alunos, dos quais 41 nesta segunda fase. Uma descida de interessados, se se tiver em conta os cerca de 300 candidatos do últimos ano. "O número de alunos que elegeu este curso como primeira opção de candidatura ao superior aumentou. O ano passado foram 12, este ano foram 20", sublinha, porém, Carlos Jorge Ribeiro, director do curso.

Apesar da evidência numérica do decréscimo de candidaturas face ao ano anterior, o professor considera que "se tem notado uma ligeira tendência de aumento de candidatos", que se expressa não apenas pelo incremento de pessoas que elegem o curso como primeira opção, como pelos que, já com licenciatura, aderem ao segundo ciclo de estudos do mesmo - conferindo o grau de mestre. "Isto deve-se, essencialmente, a duas coisas. Não só por haver ainda uma grande necessidade das empresas em terem técnicos qualificados, quer ao nível da viticultura mas também da adega, como por muita gente ter percebido que o curso de enologia pode, cada vez mais, ser uma trampolim para o exterior, uma boa saída", explica Carlos Jorge Ribeiro.

O director do curso não alinha com os receios de alguns enólogos já estabelecidos sobre a eventual exiguidade do mercado de trabalho. "Se continuarmos a pensar que o nosso mercado de trabalho é exclusivamente português, então temos que fechar tudo o que seja português", diz, fazendo notar que existem múltiplas oportunidades laborais em diversos lugares, sejam eles "Espanha, Chile, Brasil, Argentina, Angola ou Moçambique". O catedrático vê assim com naturalidade a "internacionalização do curso". "Não podemos ter medo de competir com outras escolas estrangeiras", afirma. Além disso, o docente faz notar que é preciso não descurar a necessidade de renovação das gerações de quadros existentes em Portugal. "Continua a haver um conjunto significativo de empresas que vão sempre precisar de apoio específico", lembra.

 

Fonte: Revista de Vinhos