"Os vinhos portugueses têm que construir uma imagem mais assente na cultura e na história do país para penetrar no mercado americano e não cingir-se apenas a uma ou duas boas marcas de vinho, como aconteceu com os australianos e argentinos, que hoje estão com maiores dificuldades, porque o consumidor cansou-se e procura novos sabores", defendeu, em conferência de imprensa, Candela Prol, sommelier e wine educator norte-americana.
Naquela conferência, organizada a semana passada, a bordo do ‘Lisboa vista do Tejo' pela Comissão Vitivinícola Regional do Tejo (CVR Tejo), Adele Capela, importadora norte-americana, defendeu também que a penetração dos vinhos portugueses nos EUA tem que ser feita de forma tradicional, sempre através de importadores que, por sua vez, tratarão da relação com os distribuidores, o trade e a restauração.
"O mais importante é que o importador acredite nos vinhos que está a comercializar, pois este é um negócio de caráter muito pessoal e, a partir do momento em que acreditamos no vinho vamos fazendo a introdução no mercado por fases, primeiro num ou dois estados e, só depois, apresentar aos demais", explica a empresária.
Para Adele Capela, a estratégia dos vinhos portugueses não pode apenas assentar no ‘mercado da saudade', mas antes pela excelente relação qualidade preço que estes apresentam.
No decorrer da conferência foi ainda abordado o perfil do consumidor de vinho norte-americano que está mais disponível para procurar novos sabores, onde se enquadra o vinho nacional.
"O consumidor de vinho dos EUA situa-se na casa dos 30 anos e é exigente no que diz respeito à relação qualidade preço dos vinhos que compra", afirma Adele Capela.
Por outro lado, Candela Prol, defendeu que a aposta nas denominações de origem e nas castas portugueses é muito importante, uma vez que o consumidor norte-americano está constantemente à procura de novas tendência, sabores e experiência na prova de vinhos.
Esta sommelier reforçou, ainda, a vantagem apresentada pelos vinhos portugueses em relação aos de outros países, uma vez que combinam com toda a gastronomia mundial e não apenas com a do próprio país.
"A restauração é muito importante no crescimento da exportação dos vinhos portugueses nos EUA, visto que, para além de ser o local ideal para promoção de um vinho, os preços apresentam margens de cerca de 300%", explica a mesma responsável.
OS VINHOS DO TEJO NOS EUA
Os EUA têm sido um mercado de grande importância para os Vinhos do Tejo, principalmente nos últimos 2 anos, onde apresentaram crescimentos na ordem dos 119%.
"Num espaço de cinco anos queremos quadriplicar o volume de litros exportados para os EUA, atingindo o valor de cerca de 2.500 litros comercializados', afirmou na mesma conferência de imprensa José Pinto Gaspar, presidente da CVR Tejo.
Segundo este responsável, o mercado norte-americano é muito importante, não só por ser o maior mercado importador de vinhos a nível mundial, mas também, porque, ao ser uma referência, é uma porta aberta na exportação para outros países.
A filosofia a adotar pela Comissão Vitivinícola Regional do Tejo passa pela consolidação nos mercados onde os vinhos da região estão presentes.
"Já este ano devemos exportar €1M, e devemos duplicar este volume já em 2014", conclui.
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