O encontro, organizado pela BASF em colaboração com a Câmara de Comércio Luso-Alemã, decorreu na terça-feira, dia 25, no Hotel da Penha Longa, Sintra, e mereceu rasgados elogios da parte dos participantes.

A ideia é abrir, ou reforçar, canais de comunicação com um mercado que tem apetência pelo vinho de qualidade mas onde os produtos portugueses gozam de pouca, se não mesmo nula, notoriedade. E essa é a argumentação mais vezes repetida pelos distribuidores a operar no mercado alemão: o vinho português tem de ser mais promovido na Alemanha.

Kai Schierke, que importa exclusivamente vinhos portugueses, lembra que Portugal ocupa o 10º lugar na lista de exportações para a Alemanha, mas ainda estamos a falar de um "mercado de nicho". "A qualidade é garantida, agora é promovê-la!", sentencia, por seu turno, Marc Oliver, responsável pela garrafeira da BASF. Já Ana Maria Pires, uma portuguesa radicada em Munique, onde tem uma loja de vinhos, reclama uma "estratégia mais dinâmica de promoção, com objectivos definidos".

Elogiada pelos presentes, a iniciativa da BASF possibilitou o contacto directo de cada um dos produtores com cada um dos distribuidores em sessões individuais de 30 minutos. Olhos nos olhos, trocam-se pontos de vista, criam-se relações. E faz-se negócio. Manuel Coelho, director comercial da BASF em Portugal, recorda que, na edição anterior, 80 por cento dos produtores presentes "receberam encomendas no próprio encontro com os distribuidores alemães e 60 por cento voltaram a receber, ao longo do ano seguinte, mais encomendas dos mesmos distribuidores". A Alemanha é o sétimo mercado mundial de exportação dos vinhos portugueses.

Fonte: Revista de Vinhos