A feira terá lugar no centro comercial Kelapa Gading e contará com 20 expositores, sendo a participação portuguesa assegurada pela Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal (AICEP) e pela embaixada portuguesa em Jacarta.
Portugal terá um stand dentro do espaço de exposições da Rede de Negócios União Europeia - Indonésia (EIBN, na sigla inglesa), onde, no total, vão estar representadas 34 empresas europeias, numa iniciativa suportada por fundos comunitários.
O evento é aberto ao público, mas o objetivo é chegar aos importadores e distribuidores indonésios, porque não existem vinhos portugueses no mercado de distribuição do país, disse à Lusa o conselheiro económico da embaixada e delegado da AICEP, João Cardim, falando num mercado "difícil".
Num país com 237 milhões de pessoas, há mercado para o sector, nomeadamente entre os expatriados e a vasta minoria de católicos chineses, frisou o responsável, defendendo que "o vinho de qualidade consegue chegar aqui a um preço competitivo em relação ao vinho de grande qualidade de outros países produtores".
Segundo o embaixador, "empresas de grande dimensão com vinhos de grande qualidade" optaram por enviar amostras de "vinhos intermédios", por se tratar de "um mercado onde o vinho é sobretaxado", com um imposto de 150 por cento.
O porta-voz da Comissão Europeia para a Agricultura e Desenvolvimento Rural, Roger Waite, apontou que "os procedimentos de licenciamento e aduaneiros aplicados pela Indonésia são complexos", existindo ainda, no caso do vinho, "restrições quantitativas, bem como questões fiscais, o que limita o comércio".
Numa resposta escrita, o porta-voz adiantou que "também parece terem existido problemas com restrições nos portos quando de trata de produtos hortícolas".
Segundo Roger Waite, o executivo comunitário tem manifestado estas "preocupações" em reuniões da Organização Mundial do Comércio e em contactos com as autoridades indonésias.
Quanto ao sector do queijo, "Portugal não tem quantidades exorbitantes" para exportar que justifiquem a aposta num "país que não é especialmente consumidor" de queijos e iogurtes e onde existem "limitações às importações" de produtos lácteos, justificou, por seu lado, o embaixador.
Nos dias 13, 14 e 15 de Maio, Portugal realizará três provas de vinho e azeite para o público e o delegado da AICEP terá reuniões com importadores e distribuidores locais, na qualidade de representante das empresas portuguesas.
O certame, que na edição de 2012 contou com cerca de mil visitas diárias, nos dias de semana, e três mil, aos sábados e domingos, segundo a organização, terá ainda workshops de vinho, concursos e uma corrida onde os participantes devem vestir trajes temáticos.
Fonte: O Mirante
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