A eleição dos melhores vinhos verdes é uma iniciativa anual da Comissão de Viticultura da Região dos Vinhos Verdes (CVRVV) e os vencedores deste ano foram conhecidos durante um jantar-gala que reuniu cerca de 400 convidados no Palácio da Bolsa.
Os cinco melhores ficaram com os prémios "Best Of", a categoria mais alta deste concurso, e foram escolhidos por um «júri internacional composto por especialistas provenientes dos principais mercados de exportação», de acordo com a CVRVV.
O concurso premiou com ouro 12 colheitas seleccionadas pelos jurados nacionais de entidades como a Associação de Escanções de Portugal, Comissões Vitivinícolas de várias regiões e a Direcção Regional de Agricultura e Pescas do Norte.
Nessa categoria, destaque para a Quinta da Lixa, da sub-região do Sousa, com quatro distinções douradas, branco, vinhão, loureiro e alvarinho.
A Casa de Vilacetinho recebeu dois prémios ouro pelos seus Colheita Seleccionada alvarinho e azal. Os restantes prémios foram para os vinhos Praça de S. Tiago, Colheita Seleccionada Espadeiro; Quinta de Linhares-avesso, Quinta da Levada-azal, Alvaianas, Adega Velha e Conde Villar.
Foram ainda premiados com prata onze vinhos de castas como o vinhão, alvarinho, arinto, avesso, loureiro e trajadura. Numa das maiores edições de sempre, com 237 marcas inscritas a concurso, «os "Melhores Verdes 2014" premeiam com prestígio e promoção nacional e externa as colheitas mais representativas da maior região vinícola de Portugal e uma das maiores da Europa» referiu a CVRV.
A edição deste ano registou uma grande participação de vinhos monovarietais, embora os lotes predominem como acontece, tradicionalmente, na Região.
A Comissão realça que «os vinhos selecionados no "Best Of" serão os embaixadores do Vinho Verde nas principais acções internacionais, nomeadamente, nas degustações realizadas em mercados estratégicos como o Brasil, Estados Unidos, Canadá, Suíça, Suécia, Reino Unido e Alemanha».
As categorias "Ouro" e "Prata" atestam o reconhecimento de um painel de provadores nacionais, após análise sensorial numa sala de prova tecnicamente preparada para o efeito.
Há mais de 25 anos que a Região distingue as melhores colheitas em prova cega. «Estamos a colher os frutos das centenas de hectares de novas vinhas em que a Região vem investindo, numa média de 800 hectares por ano. As novas vinhas estão a produzir vinhos fabulosos que reforçam muito a capacidade exportadora do Vinho Verde », refere o presidente da CVRVV, Manuel Pinheiro.
Mas para Manuel Pinheiro é preciso ir mais longe e apostar-se numa «viticultura moderna e competitiva» e no «umento da produção», porque a procura deste vinho mantém-se em alta, sobretudo fora do país, e «os stocks da região estão praticamente a zero».
«Em 2000, as exportações representavam 15 por cento do total de vinho verde produzido. Em 2013, representaram quase 40 por cento», assinalou, depois de observar que o mercado interno estagnou.
A CVRVV pretende conquistar «um novo mercado», que «pode ser no Oriente», em países como o Japão ou Singapura, ou na América Latina, sendo a Colômbia uma possibilidade.
Fonte: Confagri / Lusa
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