Início\ Informação \ Notícias
Corticeira Amorim quer reforçar vendas nos EUA
Internacionalizar Os Estados Unidos já são o principal mercado externo da Amorim e o potencial de crescimento é enorme.

Os Estados Unidos da América já são o principal mercado da Corticeira Amorim. A empresa líder no sector da cortiça assegura mais de 18% das suas vendas, ou 99 milhões de euros, nesta geografia e o objectivo é crescer. No ano passado, investiu cinco milhões de dólares (cerca de 3,7 milhões de euros) numa unidade de rolhas no centro de Napa Valley, a região vinícola por excelência dos EUA. Neste momento, os EUA são o maior mercado mundial de vinho e o potencial de incremento de consumidores é ainda enorme.


James Barret, proprietário do centenário Chateau Montelena - propriedade vinícola de Napa Valley -, é cliente da Corticeira Amorim e nunca se apoquentou com o TCA (vulgarmente conhecido como ‘o gosto da rolha' no vinho e que trouxe um conjunto de dificuldades à indústria rolheira). Apesar do TCA já ter sido detectado em alguns dos seus vinhos, James Barret diz categoricamente que "não teve nada a ver com as rolhas", mas "com umas cubas de vinho". O produtor do famoso vinho Montelena Chardonnay, que veio a Portugal conhecer ‘in loco' a Corticeira Amorim, não admite colocar no mercado vinhos sem rolha de cortiça, até porque "os vinhos de topo usam rolha de cortiça, são os que estão no topo da pirâmide".


Segundo James Barret, "não há um consumidor típico de vinho nos EUA", "há os casais sem filhos, preocupados em ganhar muito dinheiro, há os norte-americanos já com uma cultura de vinho que vão acabar por a passar aos filhos, há as senhoras, que só começam a beber vinho depois do primeiro filho". Como salienta, "há um longo caminho a percorrer" e "muitos habitantes a conquistar". E ainda assim o mercado norte-americano tem um consumo anual de 29,1 milhões de hectolitros e uma produção de 22 milhões de hectolitros, segundo os últimos dados da Organização Internacional da Vinha e do Vinho.


O negócio da Corticeira Amorim nos EUA reflecte este cenário. No ano passado, a empresa liderada por António Rios Amorim garantiu 18% das vendas de 542,5 milhões nos EUA, tendo este mercado reforçado a sua posição como o principal da corticeira com a facturação a crescer 3%. No primeiro trimestre deste ano, a Corticeira Amorim registou um volume de negócios de 138,6 milhões, mais 3,8% que no mesmo período de 2013, com um "desempenho positivo" nos EUA, lê-se no comunicado das contas trimestrais. O potencial de crescimento está inerente à dimensão de um mercado com mais de 300 milhões de habitantes e onde 93% dos consumidores consideram que a cortiça é sinónimo de qualidade de um vinho e 50% acham que as ‘screwcap' (vedante em alumínio) podem ser uma solução para vinhos de baixa ou muito baixa qualidade, diz um estudo da Tragon Corporation.

 

Fonte: Económico