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Barcelos na rota dos vinhos portugueses
Barcelos ostenta ao longo deste ano o título, a Cidade do Vinho, distinção atribuída pela Associação dos Munícipios Portugueses do Vinho.

Ora, em virtude deste título, desenvolve-se ao longo do ano um vasto programa de acções de carácter científico, cultural, e turístico que contemplará provas de vinhos, visitas às adegas, percursos de interpretação pelas quintas, seminários, tertúlias, congressos, exposições, feiras e mercados.

Assim, foi inaugurada ontem a Casa do Vinho localizada na Rua Dom Diogo Pinheiro, no centro de Barcelos, que constitui o epicentro de todas as comemorações e actividades a levar a cabo durante o ano."O objectivo é criar sinergias no concelho para, juntamente com o vinho, elevar os muitos produtos tradicionais do concelho, gerando mais-valias económicas e socioculturais", explicou ao ‘Correio do Minho' o vereador do pelouro do Turismo da câmara de Barcelos, Carlos Brito.
Esta estrutura pretende ser um espaço de afirmação dos vinhos verdes locais, no âmbito de Barcelos Cidade do Vinho 2014, que, segundo o vereador do Turismo, "este título será um pontapé de saída para algo que Barcelos tem que fazer em favor do vinho verde e dos produtores de vinho de Barcelos. Por isso, nos próximos anos haverá uma estratégia de promoção dos vinhos verdes ligado sempre ao turismo, o chamado enoturismo, de modo a potenciar o vinho de Barcelos. O vinho não é o vinho em si e a sua comercialização, é o processo desde o início, a vin ha, as adegas e nós somos muito ricos em adegas que podem ser potenciadas para receber os turistas".

À abertura da Casa do Vinho, seguiu-se um seminário sobre o ‘Vinho e a Saúde' que contou com o testemunho de vários especialistas, nomeadamente do docente da Faculdade de Ciências da Nutrição e Alimentação da Universidade do Porto, Vitor Hugo Teixeira, que sublinhou os benefícios do consumo de vinho particularmente para o coração. "O consumo de um ou dois copos de vinho por dia reduz cerca de 30 por cento o risco cardiovascular", alertou o especialista que esclareceu ainda alguns mitos associados ao consumo de vinho e saúde "um deles é que o vinho tinto é melhor que o branco e o outro é que tem que ser de qualidade. É um falso mito porque, na verdade, não tem sustentação científica".


Carlos Ribeiro, do departamento de Agronomia da Escola de Ciências Agrárias e Veterinárias da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro , falou dos contributos da enologia para a evolução da qualidade dos vinhos nacionais, na perspectiva da saúde. Para o docente "a enologia é a pedra fundamental para fazer o aproveitamento das uvas produzidas nas vinhas, para fazer os estudos de maturação adequados e para se garantir a segurança dos compostos na produção".
José Arruda, da Associação de Municípios Portugueses do Vinho, sensibilizou, por sua vez, para o consumo moderado de vinhos, uma campanha que está a percorrer o território nacional.

 

 

Fonte: Correio do Minho