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Câmara de Lisboa assina protocolo para plantação de vinha em Marvila
O vereador da Estrutura Verde da Câmara de Lisboa, José Sá Fernandes, vai assinar um contrato com uma empresa vinícola para a plantação de uma vinha em Marvila, pertencente à freguesia de Marvila.
A cerimónia terá lugar esta segunda-feira, pelas 15:00 horas, no salão nobre dos Paços do Concelho e servirá também para apresentar o projecto da vinha, que vai ocupar uma área de cerca de três hectares, concedidos pela autarquia.
 
A iniciativa, que visa divulgar os vinhos da região da Lisboa, foi aprovada em reunião de câmara no final de maio e contou com a abstenção do PSD, CDS-PP e dos dois vereadores do executivo do movimento Cidadãos por Lisboa, que integram a maioria socialista.
 
Na sessão, o vereador da Estrutura Verde referiu que o terreno em causa está «desqualificado, não tem possibilidade de construção, e surgiu uma hipótese que visa que fique arranjado e bonito nos próximos 20 anos».
 
«Vai promover os vinhos e vai ser didáctica para se saber o que é uma vinha e como se produz o vinho», acrescentou José Sá Fernandes.
 
No projecto, lê-se que a estrutura verde da cidade «tem procurado assentar na diversificação de usos e na conciliação de diversas tipologias do espaço rural», no âmbito de uma política de «aumento da biodiversidade e na estruturação ecológica dos espaços verdes».
 
É também referido que a construção de uma vinha garante «uma maior sustentabilidade ambiental dos espaços na cidade de Lisboa, aliada a um menor custo de construção e, sobretudo, de manutenção, em comparação com espaços verdes convencionais».
 
Afirmando que o Ministério da Agricultura criou a indicação geográfica "Lisboa", que substituiu a designação Vinho Regional Estremadura e que agrega todos os vinhos produzidos e certificados na região, o documento lembra que Lisboa é uma região com uma forte tradição vinícola.
 
«A alteração da indicação geográfica de Estremadura para Lisboa justificou-se no contexto de reorganização institucional do sector vitivinícola e surge após estudos que concluíram que a utilização de "Lisboa", enquanto cidade da região de produção, seria a indicação geográfica com maior valia, nomeadamente para os mercados externos, pelo facto de possuir mais notoriedade, mais fácil leitura e melhor referência quanto à sua localização», lê-se na proposta.
 
À empresa vinícola Casa Santos Lima - Companhia das Vinhas S.A., contraente do protocolo da autarquia, caberá efectuar todas as obras necessárias para a plantação da vinha, construir uma casa de apoio e uma cerca e ainda disponibilizar todos os anos, sem custos, 600 garrafas de vinho ao município e 100 garrafas à Junta de Freguesia dos Olivais.
 
«O somatório das despesas com a plantação de vinha até à sua entrada em produção, e com todas as licenças e execução de infra-estruturas referidas neste protocolo, não deve ultrapassar o valor máximo de 100 mil euros», indica o mesmo documento.

 

Fonte: Lusa