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Etiópia “entra” no mundo dos vinhos
O país já tinha vinhas, nomeadamente as exploradas pela Awash Winery, empresa que tem o cantor Bob Geldof como director.

Mas só agora a Etiópia surge a sério no panorama vínico internacional, graças à aposta da francesa Castel, um dos gigantes do sector. Dos 125 hectares plantados no Rift Valley, a colheita deste ano permitiu fazer 1,2 milhões de garrafas e metade estão destinadas à exportação, reporta o diário britânico "The Guardian" na sua edição digital.

Com vindimas desde 2007, só este ano a Castel considerou que o seu produto estava à altura dos padrões de qualidade internacionais. Entre tintos (90 por cento da produção total, assente nas castas Merlot, Syrah e Cabernet Sauvignon) e brancos (Chardonnay), a empresa definiu dois níveis de preços para os seus vinhos: o topo de gama Rift Valley custa 5,2 euros e o mais acessível Acacia sai por 3,7.

Por enquanto, o mercado de exportação aponta para as comunidades emigrantes de etíopes espalhadas pelo mundo, mas a expectativa da Castel e dos responsáveis políticos do país é transformar a Etiópia num rival da África do Sul, o grande produtor de vinho do continente africano. Nas vinhas da empresa francesa a expectativa é de mais do que duplicar a produção (para 3 milhões de garrafas) e os especialistas salientam as aptidões climáticas de muitas regiões do país para o cultivo da vinha.

Os perigos é que são outros. Conforme salienta o "The Guardian", em vez de granizo ou doenças das videiras, as vinhas da Etiópia temem outros inimigos. As propriedades da Castel estão rodeadas por um fosso de dois metros de largura, para evitar a entrada de pitões, hipopótamos e hienas...

 

Fonte: Revista de Vinhos