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Chuva no verão apanha desprevenidos produtores de vinho verde
A chuva que se fez sentir este verão "apanhou desprevenidos" alguns produtores de vinho verde que poderão sofrer este ano uma redução nas colheitas, disse à Lusa fonte da Comissão de Viticultura da Região dos Vinhos Verdes (CVRVV).

"A chuva que caiu sobretudo em julho apanhou desprevenidos alguns produtores, porque estávamos numa fase em que normalmente não costuma chover, e as pessoas por vezes atrasam os tratamentos da vinha. Esses produtores mais desatentos acabaram por sofrer alguns ataques de míldio tardio e de oídio que poderão contribuir para reduzir um pouco a produção", afirmou João Garrido.

O engenheiro agrónomo responsável pela Estação Vitivinícola Amândio Galhano em Arcos de Valdevez adiantou que se o tempo não melhor esta situação poderá provocar "alguma podridão" e ter "um efeito negativo na produção".

Segundo dados da CVRVV de 2013 a produção de vinho verde distribui-se atualmente em 20 mil hectares de vinha distribuídos por 48 concelhos do noroeste de Portugal, envolvendo mais de 22.000 produtores que produzem, em média, por ano, cerca de 80 a 90 milhões de litros de vinho verde.

Apesar destes casos em que a chuva desencadeou algumas doenças provocadas pela humanidade João Garrido diz que é prematuro, a mais de um mês do início das vindimas, saber se estas condições atmosféricas irão ou não afetar a produção desta campanha.

"A falta de calor poderá sobretudo atrasar o desenvolvimento da uva e termos uma vindima mais tardia mas tudo poderá ser compensado se agora tivermos uns dias de calor e venhamos a ter a vindima na época normal e com boa qualidade da uva", sublinhou.

O início das vindimas depende da zona do país, explicou, mas o período normal de arranque dos trabalhos é entre 15 e 20 de setembro.

Só caso do tempo não melhorar, sublinhou, a campanha poderá ser adiada para os primeiros dias de outubro.

A Estação Vitivinícola Amândio Galhano é um centro de experimentação e investigação vitivinícola criado pela CVRVV em 1984.

Localizada em Arcos de Valdevez, ocupa uma propriedade conhecida pela Quinta de Campos de Lima, na margem direita do rio Lima, com uma área de 66 hectares.

Foi criada com o objetivo de desenvolver a vitivinicultura desta região e através dos seus trabalhos pretende dar resposta aos problemas dos viticultores.

 

 

Fonte: Notícias ao Minuto