"Vamos ficar com uma capacidade de vinificação superior a seis milhões de litros", disse à agência Lusa o presidente da Lusovini, Casimiro Gomes, mostrando-se convencido de que a empresa terá "uma das maiores e mais modernas instalações vinícolas do Dão".
No dia 05 de setembro, a ministra da Agricultura, Assunção Cristas, desloca-se a Nelas para a abertura da 23.ª Feira do Vinho do Dão e presidirá a assinatura do contrato entre a Lusovini e o Instituto de Financiamento da Agricultura e Pescas relativo aos fundos europeus do Programa de Desenvolvimento Rural (Proder) que irão financiar este investimento.
A adega de Nelas tem mais de 60 anos e esteve a funcionar até à campanha em 2010.
Segundo Casimiro Gomes, serão feitas "melhorias tecnológicas para adaptar as instalações às novas tendências de enologia".
"A estratégia do projeto é valorizar o património como um todo: as instalações, a vinha, o vinho e a cultura local. O vinho é um elemento fantástico para transmitir tudo isto", considerou.
Casimiro Gomes referiu que, nos últimos anos, a Lusovini se focou muito na distribuição, "de maneira a garantir que o projeto de produção tivesse viabilidade".
"Ou seja, este projeto começou ao contrário do que é normal. Percebemos que primeiro tínhamos de criar as bases e criámos empresas em Angola, Moçambique e Brasil. E, para além destes países, já exportamos para 23 países", sublinhou.
Agora, a Lusovini quer "apostar em força na produção".
"A região do Dão tem potencial e são os operadores que muitas vezes não potenciam aquilo que ela tem de melhor. Achamos que devemos fortalecer toda a nossa atividade na região do Dão", acrescentou.
Segundo Casimiro Gomes, "com o reforço desta unidade, a Lusovini poderá assegurar o desenvolvimento da sua estratégia de internacionalização e aumentar de forma significativa a atividade exportadora".
Durante a feira, a Lusovini vai também apresentar o vinho branco "Varanda da Serra 2013", que se destina a grandes ocasiões.
Este vinho é produzido a partir de vinhas com mais de 85 anos, engarrafado em garrafas de litro e meio e tem "um enorme potencial de envelhecimento", ou seja, "capacidade para evoluir e crescer ao longo não só de anos, mas de décadas".
"O nosso objetivo foi recriar, com a viticultura e a enologia de hoje, os grandes vinhos de guarda do Dão", justificou Casimiro Gomes.
O responsável explicou que "era norma nas casas senhoriais do Dão selecionar lotes de vinhos para engarrafar em garrafas de litro e meio e guardá-las para momentos especiais, como o casamento de uma filha ou o batizado de um neto".
"É essa tradição que queremos ajudar a recuperar", acrescentou.
A Lusovini representa mais de 70 marcas de vinho em todo o mundo, sendo quase cinquenta feitas em parceria com reputados enólogos e produtores nacionais.
Em 2013, aumentou o volume de negócios em 20% e duplicou os resultados operacionais consolidados face a 2012. Os mercados externos continuaram a ser responsáveis pela maior parte da faturação (70%), destacando-se Angola, Brasil e o Norte da Europa.
Em Portugal, as vendas cresceram 20%, ou seja, na mesma proporção que no estrangeiro.
Fonte: Notícias ao Minuto
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