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Pasteurização a frio nos vinhos pode substituir dióxido de enxofre
Com o tempo, o dióxido de enxofre (SO2) tornou-se o conservante predilecto dos vitivinicultores, uma vez que a pasteurização ficou fora de questão por destruir os componentes do vinho e, consequentemente, alterar a sua cor e sabor.

No entanto, o SO2 não está livre de controvérsias, e alternativas vêm sendo analisadas em projetos da União Europeia (UE). Inadequadamente utilizado, o dióxido de enxofre pode causar alergias e asma. Por essa razão, a União Europeia exige que o SO2 seja listado no rótulo dos vinhos. Agora, porém, a UE está a financiar um novo projeto que pode tornar o uso do dióxido de enxofre desnecessário.

A pasteurização a frio foi originalmente desenvolvida para preservar as características dos sumos de fruta mas, hoje, com apoio do Stuttgart's Frauenhofer Institute, na Alemanha, está a ser testada no vinho. O método envolve a dissolução de um gás inerte sobre pressão, que depois é bruscamente reduzida.

De acordo com a investigadora Ana Lucía Vásquez-Caicedo, os próximos planos são construir uma instalação móvel, que permitirá à técnica ser testada em caves. «Enzimas oxidantes indesejadas são desactivadas, enquanto nem os ingredientes sensíveis à temperatura, nem a cor e o sabor serão alterados», explicou ela.        

 

Fonte: Revista de Vinhos / Elisabete Mendes