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Dão conquista grau de qualidade
Em três anos as exportações subiram oito por cento.

Por esta altura ninguém pára nas quintas da região do Dão. De manhã à noite, só se descansa para ‘comer a bucha' ou então ‘esconder' da chuva. Aí está mais uma vindima, o ponto alto de um processo de produção de vinho que este ano vai sofrer uma queda entre 25 a 30 por cento. Mas a qualidade "está garantida", asseguram os produtores. E são precisamente a boa qualidade e graduação dos vinhos - entre 14 e 15 por cento de álcool - os argumentos que mais têm contribuído para o aumento das exportações.

"Temos de apostar no requinte e na qualidade de excelência do nosso vinho. Não produzimos em quantidade, preferimos o primor da qualidade", garante Hugo Chaves, enólogo da Quinta de Lemos. Apenas com uma década de existência, já conquistou vários prémios em concursos nacionais e internacionais. "Temos um vinho [D. Georgina de 2005] que está a fazer furor em todo o Mundo", adianta.

Os pequenos e grandes produtores da região do Dão estão a fazer o seu caminho na modernização das vinhas e promoção de vinho. Nos últimos três anos as exportações cresceram oito por cento e nos próximos o objetivo é duplicar a cifra. Para este ano prevê-se uma produção de 40 milhões de litros de vinho ‘certificado', mas para isso é necessário que o São Pedro ‘ajude' nas vindimas. "A chuva pode fazer toda a diferença", refere Maria Ferreira, de 62 anos. Não é enóloga mas tem uma tarefa extremamente importante no processo: é vindimadora. Ao contrário do que pode parecer, cortar um cacho de uva "é uma arte". "Tem de se saber como se corta e o quê, para não se estragar o vinho", acrescenta a experiente Maria.

 

 

Fonte: Correio da Manhã