Este crítico teve, mais uma vez, a ajuda do enólogo e produtor sul-africano Neil Pendock. Uma característica imediata e única deste guia é o facto de que apenas trata de vinhos com um custo de prateleira entre 2 e 10 euros. E depois não critica todos os vinhos nesta faixa de preços: é antes uma selecção dos melhores vinhos, que os autores degustaram ao longo de um ano por esse Portugal fora. Ou seja, ao contrário de outros guias de vinhos, este Guia Popular de Vinhos está destinado a todos aqueles que, sendo consumidores regulares de vinhos, procuram apenas a melhor relação preço-qualidade (e daí, talvez, a designação de "Guia Popular").

O guia é prático e fácil de consultar, contendo 198 páginas, com os vinhos separados por categorias: efervescentes, tranquilos e fortificados. Os tranquilos, já agora, são os não-espumantes e os não-fortificados. Ou seja, os brancos, rosés e tintos. Esta é de longe a categoria com mais entradas e por isso está separada por regiões vitivinícolas. Há ainda um pequeno capítulo dedicado aos vinhos em Bag-in-box.

Cada vinho/garrafa tem a sua própria fotografia e uma série de indicações, incluindo uma breve nota de prova, com as castas que o compõem (ou a dominante). Em alguns vinhos, uma simbologia com corações (1, 2 ou 3) indica a preferência dos autores: quantos mais, melhor. De resto, e ao contrário de outros guias, não é dada mais nenhuma outra classificação, embora os autores afirmem ter provado os vinhos com base numa ficha de prova. Por outro lado, os preços dos vinhos entram todos numa de duas escalas: de 2 a 5 euros ou de 5 a 10 euros. Não é mencionado o grau alcoólico.

No final da obra, um capítulo é inteiramente dedicado aos "Melhores entre os melhores", separados por categorias.

O Guia Popular de Vinhos 2016 é editado pela Editorial Presença e custa €11,90. 

Fonte: Revista de Vinhos