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Alentejo. Menos vinho, mas de boa qualidade
Cachos com pouco peso e bagos miúdos originam menor rendimento.

A produção de vinho no Alentejo deverá decrescer, em relação a 2014, mas a quebra não será "muito significativa". A convicção é expressa à Renascença pela presidente da Comissão Vitivinícola Regional Alentejana (CVRA), Dora Simões.

"Haverá alguma quebra de produção na região, o que é natural, porque o ano foi de seca, embora as previsões apontassem para uma estabilização da produção quando se fizereram, inicialmente, as primeiras leituras, muito tempos antes das vindimas, ainda na formação dos cachos e na polinização", avança a responsável.

O que se verifica agora, segundo Dora Simões, é que "a quantidade de cachos existe, mas pesam pouco e os bagos são pequenos. O rendimento que se obtém desses cachos é menor".

"Prevemos que haja um decréscimo de produção, mas não é possível quantificar por agora", antevê.

A presidente da CVRA acredita que o decréscimo previsto "não será muito significativo", sendo necessário esperar mais uns dias porque "os produtores podem, até 15 de Novembro, entregar as suas declarações de colheita". Dora Simões diz ainda que esta diminuição "não vai ter impacto na capacidade de oferta da região".

Em 2014, o Alentejo produziu cerca de 112 milhões de litros de vinho. Este ano, a quantidade deverá diminuir, o mesmo não acontecendo com a qualidade que "vai ser boa, uma vez que a colheita foi das melhores de sempre".

O Alentejo é a região líder no mercado nacional, quer na quota de mercado em volume (44,7%), quer em valor (45,5%), de acordo com a comissão vitivinícola, citando os dados ACNielsen na categoria de vinhos engarrafados de qualidade com classificação DOC (Denominação de Origem Controlada) e IG (Indicação Geográfica).

 

Fonte: Rádio Renascença / Rosário Silva