A Poças Júnior, empresa de vinhos do Porto e de mesa do Douro, está a realizar um investimento de meio milhão de euros para aumentar e melhorar a produção.

Segundo avançou Pedro Poças Pintão, director comercial da empresa, foi construída uma nova cave de barricas na Quinta das Quartas e em breve irá iniciar-se o aumento e melhoria da capacidade de armazenagem nas instalações de Gaia. Em projecto, está a remodelação da adega da quinta duriense, que deverá arrancar só em 2017.

Os investimentos destinam-se a assegurar o crescimento da Poças Júnior, que para este ano prevê um aumento de 6% na facturação para 7,5 milhões de euros. De acordo com Pedro Poças Pintão, os vinhos Poças Júnior estão já em 30 mercados, seguindo uma estratégia de diversificação do número de geografias e da base de clientes nos países onde marca presença. Recentemente, a empresa entrou em destinos tão distintos como Eslovénia, Irlanda, Ucrânia e Paraguai.

A Poças Júnior é essencialmente uma empresa exportadora, com 90% das vendas dos vinhos de mesa a serem garantidas no exterior e 95% do vinho do Porto. Segundo o responsável, os vinhos de mesa estão "a ter uma progressão extraordinária com um crescimento acumulado a Novembro de 74% face ao mesmo período de 2014". No vinho do Porto, a situação mantém-se estável. Pedro Poças Pintão realçou que há uma preocupação com os mercados de Angola, Brasil e Rússia, "muito dependentes do preço do petróleo e de outras matérias-primas, que em 2015 têm sofrido uma forte contracção". O Brasil acumula ainda "um período de forte contestação política, que também não ajuda a dar confiança aos consumidores".

Numa altura em que a Poças Júnior comemora 25 anos de produção de vinho de mesa do Douro (foi das primeiras a apostar no vinho DOC Douro), a empresa quer conquistar o mercado nacional e já está a trabalhar com um novo distribuidor. Segundo Pedro Poças Pintão, "o mercado nacional vale 60% das vendas DOC Douro e é o segundo maior mercado de vinho do Porto, certo que com um forte contributo do mercado turista". 

Fonte: Económico / Sónia Santos Pereira