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Quando o vinho é um negócio. Porto Vintage 2011 valorizou 30%
Nos anos de grandes colheitas, há sempre vinhos que esgotam e cujo preço dispara. Se souber fazer as escolhas certas pode ganhar muito dinheiro.

Vale a pena investir em vinhos? Sim, dizem os especialistas. Quer seja como investimento puro e duro quer só pelo prazer de colecionar bons vinhos e de os partilhar com a família e os amigos, se souber fazer as escolhas certas pode ganhar bom dinheiro.   Por exemplo: o Taylor's Vintage 1994 valorizou 30% só em 2015. E é um investimento de baixo risco. Nos grandes anos vitivinícolas há sempre vinhos que esgotam ou cujo preço dispara, fruto de um prémio ou de uma distinção nas revistas da especialidade.    

A colheita de 2011, um ano de excecional qualidade, produziu vinho valorizado. "Neste momento são já edições raras, que dificilmente se encontram à venda, apenas em leilão", diz a diretora de vinhos do hotel The Yeatman. Beatriz Machado recorda que os vinhos portugueses estão numa rota de crescimento de qualidade e de notoriedade internacional, mas que ainda mantêm um preço bastante reduzido e que até tem decrescido, pelo que considera que esta é uma boa altura para investir.    

Os vinhos do Porto, diz, "são um dos melhores exemplos de um bom investimento. É o caso do Taylor's Vintage 1994, um dos vinhos com maior valorização nos últimos anos no Liv-ex, um dos maiores mercados de vinhos online. Só em 2015 subiu mais de 30%".  

José Serôdio, responsável da Enoteca, lembra que não tem havido o hábito de investir em Portugal. E, por isso, a Enoteca tem em curso uma operação pioneira em parceria com a duriense Quinta do Carmo. O cliente compra hoje um vinho de 2015, destinado a ser um Reserva, por 12,50 euros a garrafa e que lhe será entregue a partir de maio de 2017. Nessa altura, o preço deste Reserva será de 24 euros. "É um exemplo de um excelente investimento para o consumidor, limitado, claro, a um número restrito de barricas."  

E o que deve fazer o consumidor que quer colecionar vinhos? O que deve comprar, como se deve aconselhar? Daniela Martins, da ViniPortugal, lembra que, antes de mais, há que procurar um espaço em casa para guardar os vinhos. Com pouca luz, fresco (idealmente não acima dos 18 graus) e com uma humidade entre 65% e 79%.  

"Estas serão as condições ideais para a conservação dos vinhos e para que estes evoluam da melhor forma." E não se esqueça de guardar a garrafa na horizontal. Porto Vintage, vinho Madeira ou moscatel, nos licorosos, e os tintos encorpados do Douro, do Dão e do Alentejo, bem como os brancos da Bairrada são as suas escolhas.   Beatriz Machado aconselha vinhos "que nos fazem lembrar porque gostamos de vinho, associando-os a uma data especial, seja o ano de nascimento do próprio, dos filhos, do casamento, etc.  

E sobretudo tintos e do Porto, "que vão melhorar com mais tempo em garrafa". O melhor será apostar nos vinhos de Bordéus, que dominam mais de 70% do mercado de investimento mundial. José Serôdio sugere que se selecione marcas de referência, como o Esporão, a Bacalhôa, Quinta dos Carvalhais, Quinta do Carmo, os Alvarinhos de Anselmo Mendes e os Porto Vintage, claro.  

E que se procure informação especializada, seja nos guias, nos jornais ou nos clubes de vinhos. Se preferir, pode sempre recorrer à Vino Invest, a única empresa especializada no mercado de investimento em vinho de alta qualidade a operar em Portugal. A empresa até é supervisionada pela CMVM, a "polícia" da bolsa de valores portuguesas.

 

Fonte: Dinheiro Vivo / Ilídia Pinto