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Suécia – Vinhos – Breve Apontamento
Este Breve Apontamento apresenta uma caracterização do mercado sueco de vinhos, nomeadamente dimensão e evolução do consumo, relações comerciais internacionais, países fornecedores, preços, marcas, principais características da distribuição, nomeadamente no que respeita à caracterização e funcionamento do Systembolaget.

Na Suécia, em 2015, o volume de vendas de vinho não fortificado no Systembolaget, monopólio estatal para a comercialização a retalho de bebidas alcoólicas, atingiu 193,7 milhões de litros, um nível muito semelhante ao do ano anterior.

Portugal foi o 10º fornecedor, com uma quota de 3 por cento correspondente a 57 990 hectolitros e um aumento anual de 13,4 por cento. Os vinhos portugueses posicionam-se essencialmente na gama de preços das 60-69 SEK (36,4 por cento do total de vinho vendido por Portugal), das 50-59 SEK (correspondendo a 25,3 por cento), e das 70-79 SEK (15,4 por cento). No segmento alto, acima das 100 SEK, Portugal registou um crescimento de 39,5 por cento, o que aponta para o reposicionamento dos vinhos nacionais em segmentos onde as mais-valias são evidentes.

Questões relevantes na Suécia, que não podem ser ignoradas pelos fornecedores do mercado, são as relacionadas com a sustentabilidade ambiental e social. Nesta área, as autoridades impõem rigorosas regras de conduta às empresas públicas, mas também existe uma forte consciencialização dos consumidores que optam, cada vez mais, por produtos que respeitem essas condições.

Assim, nos últimos anos tem-se assistido a um crescimento rápido da procura de vinhos biológicos. Em 2014 as vendas de vinho orgânico aumentaram 99 por cento para 21,3 milhões de litros, ou seja, 10,8 por cento das vendas totais de vinho. Também as vendas de vinho eticamente certificado aumentaram 54 por cento em 2014, atingindo 7,5 milhões de litros, ou 4,4 por cento do total do Systembolaget.

Uma das consequências diretas da aposta do Systembolaget na sustentabilidade passa, também, por novas regras relativas ao peso das garrafas de vinho de 75 cl, para reduzir o impacto da sua utilização no meio ambiente. Estas regras, serão aplicadas aos vinhos da colheita de 2016, e aos vintage a partir de 1 de Janeiro de 2017.

As tendências apontam para uma evolução positiva do consumo de vinho, para ganhos de quota dos vinhos biológicos e para a manutenção do nicho de mercado de vinho topo de gama. Os vinhos embalados bag-in-box continuarão a ter grande aceitação e a relação preço/qualidade vai manter-se como fator fundamental de escolha.

 

O documento pode ser consultado no site da AICEP aqui.

 

 

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